Quem tem filho sabe que início de ano é sinônimo de uma despesa maior, afinal janeiro marca o momento de comprar o material escolar para o ano letivo.
A conta fica ainda maior na lista para as crianças do ensino infantil e fundamental I, já que as escolas pedem uma série de produtos que serão usados ao longo do ano.
A principal preocupação dos pais é com a inflação elevada, na qual o Brasil está passando nos últimos meses.
Para se ter uma ideia, segundo dados da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) os materiais escolares podem ficar até 30% mais caro neste ano.
De acordo com a entidade, a variação do dólar no Brasil, o aumento nas matérias-primas, como plástico, papel e papelão são fatores que causam este impacto, a ABFIAE também ressaltou que todos os produtos vão ter um reajuste no preço.
Pais
Os pais buscam alguma estratégia para diminuir o impacto no material escolar nas contas, afinal o início de ano é marcado também pelo pagamento do IPTU e IPVA que sofreram reajuste em 2022.
Segundo Thays Ribeiro, mãe de uma criança que está no ensino infantil, a solução é fazer uma longa pesquisa nas papelarias.
“Já fui em três locais e os preços variam muito. Em uma destas papelarias, o kit do material escolar chegou a R$ 225. Então é preciso ter paciência na hora da compra”, citou.
Thays destaca que tem feito a compra aos poucos, pegando produtos da internet e promoções nas papelarias e lojas. “Eu vi alguns pacotes de papel sulfite no supermercado que estavam na oferta, não pensei duas vezes antes de comprar”, frisou. Ela ainda ressaltou que por sorte o presente de natal do seu filho foi uma mochila da avó.
Importante frisar que o material é um dos itens mais caros da lista, sobretudo se for de personagem de desenho. Por falar em personagem de desenho, estes produtos acabam inflando o preço da lista.
Renata Silva que é mãe de duas crianças que estão na educação infantil conta que vai precisar economizar neste mês de janeiro para poder realizar a compra dos materiais escolares. “Tá tudo muito caro, vou precisar cortar algumas despesas como na parte de lazer e alimentação”, salientou. Para ela, o material escolar compromete em muito no orçamento, haja visto que são duas listas.
Economista
O economista Dênis Castro explica que o primeiro passo é sempre ter a lista nas mãos.
“É preciso analisar com critério o que pode ser aproveitado do ano anterior, na sequência uma pesquisa de preços, nisso a internet ajuda bastante, depois se unir a outros pais pra fazer compra coletiva e ter maior poder de barganha e conseguir maiores descontos”, destacou o economista.
Para Dênis Castro, é de suma importância conscientizar a criança que material escolar não é brinquedo.
“Conscientizar a criança que material escolar não é brinquedo e que a compra tem que ser absolutamente racional, ou seja, comprar apenas o que é necessário ao melhor preço, explicar para criança que só dessa forma que poderá sobrar algum dinheiro para passeios, presentes melhores nas datas especiais”, concluiu.