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Entrevista

22 DE MAIO DE 2015

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Prefeito fala sobre obras paralisadas e aumento da tarifa

Paulo Alexandre Barbosa também comentou sobre os reflexos da situação econômica na Cidade

Por: Da Redação

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Em entrevista ao Jornal Enfoque da última segunda (18), o prefeito de Santos falou sobre os reflexos da situação econômica na Cidade, os motivos para a paralisação de um grande número de obras, aumento da tarifa de ônibus e as perspectivas para o transporte público.

Como a prefeitura lida com o cenário de crise econômica?
As perspectivas para o futuro, infelizmente, não são as melhores. Governar é difícil sob todos os aspectos e diante de uma crise exige mais criatividade. Estamos ajustando e diminuindo despesas, cortando gastos para que possamos preservar os investimentos que são necessários para a Cidade. Tudo aquilo que depende de recursos próprios, seja contrapartidas, empréstimos e convênios do Município está sendo honrado. Evidentemente, que não há como contar com atrasos de repasses dos governos Federal e Estadual.

O atraso de obras na Cidade ocorre por falta de planejamento?
Todas as obras que estão sendo desenvolvidas na Cidade em convênios estabelecem uma responsabilidade de divisão de custos. Ao município, cabe-se planejar para fazer os repasses às empresas pontualmente. E isso Santos faz rigorosamente em dia. Não devemos nada a qualquer fornecedor, pagamos salários em dia. Temos uma saúde financeira, fruto das medidas de ajuste que foram adotadas. Agora, controlar os atrasos de repasse do Governo Federal é difícil. Eu ouço muitas pessoas falando que a Cidade está cheia de obras. Acredito que o transtorno causado por esses trabalhos é temporário e inevitável, mas o benefício é permanente. Vale a pena todo esse esforço para entregar os empreendimentos.

Já foram definidos os setores onde as despesas serão reduzidas?
O que decidimos é que a área social, que contempla saúde, educação e assistência social não sofrerá qualquer tipo de ajuste. Essas áreas estão sendo preservadas. Todas as outras estão suscetíveis a receber adaptações como nós já estamos realizando no dia a dia alternando cronogramas de projetos e obras. Governar é escolher em alguns momentos. Teremos que adiar alguns projetos. Não há como executar tudo ao mesmo tempo.

Há previsão de aumento de impostos municipais?
Esse não é o caminho. Precisamos usar a criatividade, mas com um limite de bom senso. Faremos os ajustes necessários sem penalizar a população com aumento de impostos. Todas as medidas que serão tomadas são administrativas.

Qual será o novo valor da tarifa de ônibus em Santos?
A questão do transporte coletivo tem sido uma prioridade do nosso governo desde o início. Hoje nós temos a maior frota de ônibus com ar-condicionado do País, com 52%. Todos os veículos têm conexão de internet sem fio (wi-fi), alguns possuem piso rebaixado, meia tarifa aos domingos para usuários do cartão-transporte. Além do sistema para que o usuário possa verificar quanto tempo falta para ônibus chegar ao ponto. Todas essas melhorias foram obtidas com a tarifa congelada. Foram 40 meses sem aumento. Nesse tempo tivemos crescimento da inflação e diesel. A vencedora da nova licitação foi a Viação Piracicabana, que ofereceu a tarifa de R$ 3,25 (N.R: Entra em vigor a partir da zero hora deste domingo (24).

A Prefeitura ainda pretende alterar o sistema de transporte público?
Nós temos um estudo contratado para avaliar as demandas da Cidade com a finalidade de ajustar o sistema de transporte de Santos. O incremento do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) será mais uma novidade que vai gerar um impacto e teremos que mudar itinerário de linhas e frequência.

Quando as obras do VLT serão retomadas definitivamente?
As obras das duas primeiras estações estão em andamento. O trecho do Canal 2 até a Avenida Conselheiro Nébias está sob questionamento. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) e o Governo do Estado apresentaram um recurso contra a liminar obtida pelo Ministério Público de paralisação das obras que está sendo apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça. Tenho a convicção que o VLT é fundamental e que o traçado escolhido é o mais correto, coerente e a melhor opção para o sistema viário da Cidade.

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