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12 DE DEZEMBRO DE 2008

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Viver com fé

Mesmo com chuva na última quinta-feira (11), a fila era extensa na Rua Carvalho Mendonça nas imediações do número 504. Idosos, pessoas que voltavam do trabalho, crianças e até mães com bebês no colo aguardavam o atendimento prestado na Casa da Luz, na Vila Belmiro.O silêncio é absoluto em uma das salas onde cerca de […]

Por: Da Redação

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Mesmo com chuva na última quinta-feira (11), a fila era extensa na Rua Carvalho Mendonça nas imediações do número 504. Idosos, pessoas que voltavam do trabalho, crianças e até mães com bebês no colo aguardavam o atendimento prestado na Casa da Luz, na Vila Belmiro.

O silêncio é absoluto em uma das salas onde cerca de 40 terapeutas aplicam sessões de Apometria (medicina espiritual datada da era de Atlântida e conhecida como curativa) para pessoas de diferentes faixas etárias. Entre os presentes, uma mulher com bebê nos braços, que não chorou ou fez qualquer barulho durante a sessão.

O atendimento dura aproximadamente oito minutos e tem o intuito de cuidar tanto do corpo físico como espiritual por meio do afastamento de seres desencarnados e da harmonia entre os campos astrais e mentais. Ao final, todos permanecem e saem do ambiente parcialmente iluminado ainda em silêncio e nada comentam sobre a experiência.

O local que realiza trabalhos terapêuticos por meio da medicina vibracional está em funcionamento desde janeiro de 2005 e realiza gratuitamente sessões de tratamento baseadas na Terapia Holística. Os pilares holísticos atuam no cuidado integral da pessoa e complementam o tratamento médico. 

Segundo o terapeuta responsável pela casa, José Carlos Palermo, este tipo de trabalho não tem qualquer cunho religioso. “É comum confundir o tratamento do corpo e da alma com o espiritismo. Entretanto, não temos qualquer ligação com as religiões. Nosso trabalho é cercado de pesquisas na área da Física Quântica, que provam a existência de vidas paralelas”, explica.

Conforme Palermo, o conceito de fé divulgado pelas religiões é errado. “A fé divulgada há milênios pelas religiões é burra. Ela não significa acreditar em algo superior, mas em você mesmo. Quando você acredita e determina algo para si, Deus permite acontecer. Então é uma questão de crer em sua capacidade. Com a Medicina não é diferente, pois é preciso que a pessoa tenha certeza de que irá se curar para que isso realmente ocorra. Este é o passo fundamental para qualquer resultado”, diz.

Sem questionar a posição e os méritos religiosos, os trabalhos terapêuticos que buscam a causa do problema tratam o indivíduo dentro de suas diferentes “vidas”. “Basicamente lidamos com doenças psicossomáticas que a Medicina ocidental atual tenta amenizar cuidando apenas dos sintomas, mas na Europa e em países orientais a união da Medicina convencional com o trabalho espiritualista prova que estamos no caminho certo e que se os médicos  não se atualizarem neste sentido perderão espaço”, alerta.

As atividades oferecidas pela Casa da Luz contarão com trabalho intensificado para pacientes com câncer e Aids em 2009.

Medicina
A questão da medicina espiritualista é um assunto que esquenta debates entre médicos, terapeutas e religiosos dos mais diferentes segmentos. No entanto, estudos internacionais e alguns brasileiros já comprovam que a crença incondicional é capaz de curar e prevenir doenças.

A fé independe de etnia, credo ou cultura e é a ela que se devem casos médicos inexplicáveis, ou como diz o gastroenterologista Décio Iandoli Junior, misteriosos. “Não acredito em milagres, mas  em casos misteriosos, que estão acima da nossa compreensão. Sustento minha afirmação a partir da convicção de que as leis de Deus são perfeitas e suas ações também, por isso digo que não existem milagres, mas o poder da fé atuando como principal aliado na recuperação dos pacientes”.

De acordo com o médico, existem diferenças relevantes entre fé, religião e espiritualidade. “A fé é aquilo que você acredita acima de todas as coisas e te faz refletir sobre  decisões. A religião é a forma de se conectar a esta fé, e a espiritualidade é a alma. A medicina espiritualista entra exatamente neste campo provando que se a alma for tratada junto com o corpo, os resultados serão surpreendentes”, explica.

A principal prova de que a fé cura está relacionada ao uso de medicamentos com efeito placebo. Este efeito é realizado mediante o uso de medicamentos de farinha para atestar se a nova droga tem o resultado esperado ou não. Conseqüência: as pessoas que tomam a pílula de farinha, mas acreditam que trata-se do remédio verdadeiro apresentam os mesmos sintomas dos que consumiram a droga original.

Iandoli afirma que esta questão já é uma opção na grade curricular de  cursos de Medicina no Brasil, como na Universidade Federal do Ceará e a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. mas na Europa os conceitos são aplicados há  tempo.

Uma pesquisa feita durante seis anos, na década de 90, pelo médico americano Harold Koenig analisou 4 mil pessoas acima de 60 anos e de diferentes religiões. Após este período, foi constatado que menos da metade que não tinha prática religiosa continuava vivendo. No entanto, 91% das que tinham hábitos religiosos estavam vivas e saudáveis.

Outro estudo apontou que quem freqüenta cultos religiosos ao menos uma vez por semana tem 40% menos chances de apresentar pressão alta.Para o Iandoli, o mais importante é estimular a religiosidade e a fé do paciente sem impor conceitos pessoais, independente da posição do médico.

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