Abertas as urnas, a sensação de alegria e tristeza se misturam. Aos vencedores, o saboroso gosto da vitória. Aos derrotados, o sentimento de que faltou algo. Mas passada a ressaca eleitoral, que ainda perdurará por alguns dias, tudo voltará à normalidade. Quem trabalha com pesquisas eleitorais sérias já sabia que o jogo eleitoral acabaria no domingo (7). A dúvida seria o percentual de votos válidos que o candidato do PSDB, Paulo Alexandre Barbosa, teria.
A Enfoque/Boqnews acertou novamente, sendo a que mais se aproximou do resultado final. Pela pesquisa, Barbosa teria 57,2% dos votos válidos, variando em uma margem de erro de 53,2% a 61,2% dos votos válidos (excluindo-se os brancos e nulos). Abertas as urnas, ele garantiu 57,91% do total, totalizando 144.827 votos.
O acerto deve-se à metodologia empregada e o envolvimento do grupo de pesquisadores e coordenadores que souberam entender a importância de coletar as informações corretas junto ao eleitorado e seguir à risca o perfil dos mesmos.
A proximidade com o resultado final também ocorreu com a deputada Telma de Souza (teria 15,8% dos votos válidos) e Sérgio Aquino (PMDB), com 10,5%. No resultado oficial, eles obtiveram 16,64% e 11,10%, respectivamente.
Na prática, a candidatura de Paulo Alexandre, em nenhum momento, sofreu qualquer abalo. Ao contrário, a cada levantamento elaborado e divulgado por este jornal (foram cinco) seu nome só crescia até que se estabilizou na reta final garantindo-lhe com folga a vitória no primeiro turno. Aliás, já no início de setembro, o Boqnews adiantava a possibilidade da eleição terminar em turno único. Apesar das críticas, mantivemos a coerência.
O mesmo ocorreu em relação aos vereadores. A despeito de um levantamento para o cargo proporcional ser difícil de mensurar, em razão do elevado número de indecisos e da proporcionalidade dos votos, 19 dos 21 vereadores eleitos estavam no quadro publicado entre os mais bem colocados na pesquisa divulgada um dia antes da eleição.
Vale também registrar alguns mitos eleitorais. Pesquisa não ganha voto, mas mostra tendências que, se souberem ser aproveitadas, podem garantir a vitória. E, ao contrário de alguns que tentam justificar o injustificável, o total de eleitores que compareceram às urnas (e que efetivamente computam na relação dos votos válidos, pois a abstenção não é levada em consideração) foi a mesma. Em 2008, foram 269.631 presentes e desta vez, 270.060.
Na última eleição municipal, foram 25.660 votos brancos e nulos. Nesta, 19.971. Ou seja, menos pessoas anularam seus votos para prefeito. Fica claro que basta calcular corretamente que chega-se a uma previsão mais fiel à realidade. Como a Enfoque/Boqnews fizeram.
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