A civilização grega e depois a romana tinham por hábito associar fenômenos da natureza ( sol, lua, água, ar, frutas, animais, fogo, gelo,etc) a situações de doenças, comportamentos e denominações de anatomia.
Era a imaginação que se encaixava numa situação que posso descrever algumas.
Guerreiros quando destroçavam um joelho, encontravam uma cartilagem em forma de lua crescente e a esta estrutura deram o nome de menisco vindo do grego meniskos.
Deram o nome de um clarão de estrelas que juntas parecia uma rua, avenida que veio do latim “via” e por ser branca, lembrava leite, láctea, via Láctea.
Povos vizinhos, os gregos, denominavam o mesmo fato com a expressão galáxia, de galactos, leitoso.
Na medicina temos o termo galactorréia para o leite exuberante das mamas podendo ser espontânea ou não.
Os antigos falavam e justificavam o nascimento de uma criança à uma pequena semente que se introduzia na mãe, dando assim origem a palavra sêmen.
Há muitos séculos é hábito dizer que o indivíduo vive no mundo da lua, é o distraído.
Ou está de lua, está nervoso, irritado.
Ou ainda, ela está de lua, menstruada.
Pacientes em uso de corticóide por tempo prolongado passam a ficar com a fisionomia em lua cheia.
Por fim, a observação da meia lua da unha, lanula, faz parte do exame clínico pois em doenças malignas e ou crônicas seu desaparecimento é forte indicativo de que algo vai muito mal com sua saúde.
Em obstetrícia, semanas e fases da lua sempre foram observadas há séculos.
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