Ao invés de chocolates e bacalhau, os políticos citados na bombástica lista do ministro Edson Fachin, que abriu inquéritos baseados nas delações feitas por diretores da Odebrecht, terão a ceia de Páscoa menos saborosa. A ideia era divulgar os nomes após a data, mas o vazamento de informações pelo jornal O Estado de S. Paulo, antecipou os fatos. Assim, ao invés de brindar com vinho importado, os políticos terão que beber ‘sangria’, refletir bastante sobre as acusações e buscar provas para as defesas.
Bacalhau indigesto II
Dois deputados da região, Beto Mansur (PRB) e João Paulo Papa (PSDB) tiveram os nomes citados, sob alegação de falsidade ideológica eleitoral, o popular Caixa 2. Este, aliás, foi o crime com o maior número de inquéritos: foram 42 pessoas, entre os quais 21 deputados federais, 12 senadores, um ministro e um vice-governador.
Bacalhau indigesto III
Em entrevista à Imprensa e postagens em redes sociais, Mansur e Papa se defendem alegando que os valores recebidos foram dentro dos critérios estabelecidos pela Justiça Eleitoral e que prestarão os esclarecimentos para dirimir dúvidas sobre a lisura das ações praticadas.
Bacalhau indigesto IV
Todos acusados que tiverem as defesas acatadas serão inocentados. Caso contrário, virarão réus. Assim, o desafio é garantir a reeleição em 2018, pois quem não conseguir o objetivo perderá o foro privilegiado e terá que ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba.
Vem mais por aí…
Além dos nomes já divulgados, uma listagem mais completa – versão 2.0 da lista – foi entregue aos procuradores pelo diretor da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva, o BJ, com nomes de 180 políticos, também da Baixada Santista, beneficiados com a irrigação de recursos da empresa. Os vídeos com os depoimentos estão disponíveis na internet. Entre os apelidos locais estão Manso/BMW, Benzedor, Babosa, Adoniran, Pequeno, Crusoé, Paris, Estiva…
Tucano midiático
Com as citações de tucanos de alta plumagem nas delações, como Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, é possível que a única alternativa para a sobrevivência do PSDB será a de lançar o prefeito de São Paulo, João Dória, à Presidência, algo que nega até agora. Mas como diz o ditado, se o cavalo vier encilhado…
De olho em 2018
Enquanto o circo pega fogo em Brasília, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) pensa nas eleições do próximo ano. Desta forma, já está trabalhando pelo lançamento da pré-candidatura do seu cunhado, Marcos Aurélio Adegas, presidente do PSD santista, à Assembleia Legislativa.
De olho em 2018 II
Assim, ele pretende neutralizar o impacto da possível dobradinha entre o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita, pré-candidato a estadual, com o deputado federal, João Paulo Papa (PSDB), que tentará a reeleição.
Prato feito
Não é de hoje que vereadores e a população em geral não tem visto o prefeito Paulo Alexandre Barbosa circulando pelo Centro Histórico, onde costumava almoçar nas imediações do Paço. Atualmente, o almoço é feito entre as quatro paredes do seu gabinete.
Bastidores do poder
Membros do primeiro escalão da Prefeitura não digeriram o apoio de seis vereadores de situação que se uniram aos dois de oposição, ambos do PT, e foram contrários à proposta da Prefeitura, que vai pagar 2% de abono a partir de julho, contrariando o pedido dos servidores. Represálias serão inevitáveis.
nível federal ao municipal.
Quem responde?
Com…
os rios de dinheiro irrigados pela Odebrecht a contas de políticos e partidos, agora tornados públicos, quem arriscará colocar dinheiro nas campanhas eleitorais majoritárias e proporcionais para o próximo ano?
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