O ato de retirar o antigo calendário da parede ou da mesa e substituí-lo por um novo significa – para a grande maioria dos cidadãos – uma mera mudança de ano, com a expectativa de renovação de ações e pensamentos positivos. No entanto, 2013 representará uma alteração nos rumos dos poderes municipais. Mesmo para aqueles que conseguiram a reeleição sempre ocorrerão mudanças em virtude dos compromissos políticos assumidos ao longo da última campanha.
Na região, tirando o imbróglio de Mongaguá, onde a cidade vive a incerteza do seu futuro governante, tomarão posse cinco novos prefeitos e três serão reconduzidos ao cargo (Bertioga, Guarujá e Cubatão). Dos cinco novos eleitos, três não foram apoiados pelos atuais mandatários (Santos, São Vicente e Peruíbe). E um se perpetua no poder desde 1993 (Praia Grande), apenas revezando com nomes do seu grupo político, que abdicam da reeleição em nome do “padrinho”.
Portanto, somente agora, ao tomar posse, os futuros governantes saberão realmente como estarão as finanças públicas dos seus municípios. Em São Vicente, onde ocorreu a maior reviravolta eleitoral na região, o cenário é preocupante. Um desafio que o eleito, Luis Claudio Bili (PP), terá em mãos.
No caso de Santos, apesar do atual prefeito, João Paulo Tavares Papa, não ter feito seu sucessor, a transição não terá grandes sobressaltos, até porque o novo mandatário, Paulo Alexandre Barbosa, nunca se posicionou contrário à atual administração – ao contrário, o PSDB faz parte do atual governo. E o PMDB já aderiu ao governo tucano. Esta inicial sintonia é benéfica à Cidade, que não enfrentará turbulências.
Paulo Alexandre receberá uma cidade com um dos maiores orçamentos do País. A previsão entre administração direta e indireta para 2013 é de R$ 1 bilhão 923 milhões, percentual financeiro 187% superior ao que Papa tinha em mãos quando tomou posse em 2005. A inflação no período foi de 54,15% (IGP-M).
Além disso, segundo levantamento realizado pelo IBGE e divulgado em novembro passado (com dados de 2010), Santos tem o 17º maior Produto Interno Bruto do País – PIB, que á a soma de todos os bens e serviços produzidos ao longo de um ano em uma cidade. Em 2005, Santos ocupava o 33º lugar. Avançou. E muito.
Hoje, o PIB per capita dos santistas chega a R$ 65.790,53. Porém, apesar das riquezas, existem bolsões de miséria que a Cidade ainda esconde e que devem ser atacados pelo futuro governante, que já adiantou que trabalhará principalmente em benefício das classes menos favorecidas. Com recursos em caixa, disposição de enfrentar desafios e visão de futuro, o prefeito eleito tem o caminho pavimentado para realizar uma boa administração e contribuir para transformar Santos em uma cidade mais igualitária para todos.
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