O ano que se encerra certamente ficará na memória por diversas questões. Dependendo do ângulo visto, fatos podem ser associados pelo aspecto positivo ou negativo. Depende do ponto de vista.
Na área futebolística, sediamos uma Copa do Mundo, que, ao contrário dos pessimistas de plantão, foi um sucesso colocando o País em um patamar internacional, atraindo estrangeiros e a mídia. Esperamos que os reflexos se concretizem em termos econômicos, com o incremento no setor turístico em especial.
Por sua vez, os custos na construção dos estádios e em obras de infraestrutura – nem todas concluídas – explodiram. Não bastasse, o vexame do 7 a 1 contra a Alemanha foi um triste golpe ao futebol brasileiro, que se considerava o melhor do mundo, mas a realidade é que estamos em um (ou vários!) degrau (s) bem inferior (es).
Na área política, a Cidade acompanhou de perto a trágica morte do então candidato à presidência Eduardo Campos e seu staff naquele fatídico 13 de agosto.
Sob outro ângulo, podemos analisar que foi um milagre o que ocorreu naquele dia, pois excetuando-se os passageiros da aeronave, ninguém morreu em solo. Ainda mais sabendo posteriormente que o piloto não tinha qualquer condição de escolher o local da queda. Deus, sem dúvida, colocou a mão no entorno daqueles imóveis no Boqueirão para proteger as centenas de pessoas que estavam ao redor.
Outro aspecto a considerar foram as eleições. Em âmbito presidencial, uma disputa acirrada. Para alguns, um continuísmo perigoso. Para a ligeira maioria, no entanto, a continuidade das políticas sociais.
Em âmbito regional, perdemos espaço na Assembleia Legislativa e mantivemos na Câmara Federal, com dois (Caio França e Paulo Correa Jr) e três parlamentares (Beto Mansur, João Paulo Papa, Marcelo Squassoni), respectivamente. Por sua vez, a região elegeu um vice-governador (o ex-prefeito vicentino e deputado Márcio França). Para alguns, bons nomes que nos representarão; outros pensam de forma diferente.
Diante desta dicotomia entre sim e não, prós e contras, afirmação e negação, a única certeza é que 2015 não será um ano fácil. Neste aspecto, infelizmente, o coro é uníssono, demonstrando um consenso preocupante em relação à economia.
A questão central é como a população lidará com este cenário, com elevação cada vez maior dos juros, retração nas vendas e provável aumento no desemprego, situação que há anos não se via.
Aos governantes, em especial os prefeitos, que têm o contato direto com a população, há o desafio de atender aos anseios e promessas de campanhas em um cenário não tão atraente, com risco de perda de arrecadação. Neste item, portanto, não existe dicotomia: 2015 será um ano de desafios.
Esperamos, apenas, que no final do próximo ano esta previsão pessimista caia por terra. Justamente para provar que não há apenas uma opinião unânime. A todos, portanto, um 2015 mais otimista.
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