Recente estudo divulgado pela Fundação Seade coloca Santos entre os 11 municípios que apresentam proporcionalmente mais domicílios de classe alta (com renda domiciliar) per capita superior a R$ 914 do que de classe média, com renda domiciliar per capita entre R$ 261 e R$ 914.
Na comparação entre tais cidades, Santos fica em segundo lugar, atrás apenas de São Caetano do Sul, chegando a 57,6% do total de domicílios que se enquadram nos critérios adotados pela fundação.
A média de Santos nesta renda é mais que o dobro da obtida em seis dos oito municípios restantes da Região Metropolitana da Baixada Santista (exceto Praia Grande e São Vicente), o que demonstra uma profunda disparidade financeira entre os moradores da Baixada.
Do outro lado do gráfico, Santos tem, proporcionalmente, duas e até três vezes menos pobres que os demais municípios da região, o que reforça a concentração de renda.
Esta realidade fica mais evidenciada quando se comparam os números do Produto Interno Bruto (PIB) de cada cidade. Em uma década (1999-2009), o PIB per capita dos santistas cresceu 372%, chegando a R$ 54 mil por habitante (dados de 2009), enquanto Guarujá foram meros 60,7%, por exemplo.
Entre as 43 regiões de governo no Estado, a de Santos ocupa o 8º lugar no PIB per capita (arrecadação dividida pela população). Em uma década, a região cresceu em termos de renda quase 180%, mais que a média da Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, que chegou a 145,8% no mesmo período ou a de Campinas, com 161,8%.
A renda média anual dos moradores da região chega a R$ 23.970,40, graças ao montante arrecadado por Santos e Cubatão. Os contrastes são evidenciados, pois a média de Guarujá e Praia Grande não chega à metade deste total. E São Vicente, quase 1/3. A riqueza de Cubatão também contrasta com seus índices sociais baixos.
Isso mostra os contrastes existentes na Baixada Santista e fica evidenciada a necessidade dos prefeitos eleitos e reeleitos efetivamente colocarem em prática ações metropolitanas para tentar solucionar graves problemas sociais que existem na região, onde Santos se destaca como uma ilha de excelência – apesar de também ter seus bolsões de miséria espalhados pelas palafitas ao longo do Rio do Bugre, nos morros e nos cortiços no Centro da Cidade, escondidos na periferia e que mancham a imagem do Município.
Espera-se que os prefeitos eleitos e reeleitos deixem de lado as vaidades nos encontros do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) e em conjunto com a Agem – Agência Metroopolitana sejam criativos e unidos, reconhecendo que é impossível governar de forma isolada, pois a população da Baixada já vive de maneira metropolitana.
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