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29 DE AGOSTO DE 2017

Disruptores endócrinos em nossas águas?

Por: Da Redação

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Disruptores endócrinos, um nome complicado para estes que são substâncias nocivas, ainda pouco estudadas. A preocupação tende a aumentar, pois a cada dia vemos mais estudos apontarem danos à saúde e ao meio ambiente que essas substâncias estranhas ao nosso organismo podem causar. Os disruptores endócrinos (DEs), constituem um grupo de substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de comunicação do sistema endócrino, causando distúrbios na vida selvagem e também na saúde do próprio homem. Disruptores endócrinos alteram sistema hormonal e podem provocar distúrbios, mesmo em pequena quantidade, pois o sistema endócrino do ser humano é extremamente sensível, mesmo a pequenas alterações.

Devido à avalanche de produtos químicos perigosos e dificilmente filtrados da água para consumo humano, como já suspeitávamos na década anterior – os disruptores endócrinos estão propiciando a mudança de sexo de animais, tais como, ratos, pássaros, peixes, crocodilos, etc, os quais dotados de pênis pequenos demais, não conseguem realizar a reprodução normal com fêmeas, bem como diminuem a contagem de espermatozoides em seres humanos, enfraquecendo também o corpo humano com doenças oportunistas por conta da baixa imunidade. Infelizmente essas perigosas substâncias não são eliminadas pelo sistema de tratamento das concessionárias de abastecimento de água à população. Somente membranas dotadas de poros equivalentes à bilionésima parte de um metro ou nanométricos conseguem retê-las, mas esse processo de nanotecnologia ainda está no estágio de protótipos em regiões onde não existe tratamento de água ou onde a mesma é muito escassa, como nas regiões áridas da África.

Os primeiros disruptores endócrinos causadores de sérios prejuízos foram os pesticidas como o DDT, inicialmente considerado como “milagroso” pelo controle de pragas na lavoura; ele provocou vários danos à saúde da população mundial, inclusive no Brasil, principalmente na região de Cubatão, aqui na Baixada Santista. Diante disso, a ONG Amigos da Água, levanta uma questão altamente relevante em aberto: que tipo de água estamos ingerindo diariamente? Como as águas dos rios da nossa região se encontram – haverão poucos ou muitos disruptores endócrinos nelas?

Rodolfo Bonafim
Diretor Científico da ONG Amigos da Água, especialista em Climatologia, Astronomia e Geologia Ambiental
“Porque somente juntos protegeremos”

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