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Opiniões

13 DE MARÇO DE 2017

Nintendo e Switch

Por: Da Redação

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O Nintendo Switch finalmente chegou, o mais novo lançamento que a empresa-casa de Super Mario Bros, The Legend of Zelda, Pokémon e de muitos outros sucessos trouxe ao mercado dos games. Sendo distribuído há quase uma semana ao redor do mundo (foi lançado no dia 03 de março), foi prometido que ela voltaria com toda sua força à competição junto a Sony (PlayStation) e a Microsoft (Xbox). Aqui não vou abusar dos dados colocados em milhares de reviews e críticas pelo mundo, acredito não ser o espaço para isso. Vamos discutir e debater sobre este subestimado fator, a diversão, pode fazer a diferença neste disputado campo e qual o papel da Nintendo nisso.

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 The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi lançado junto com o console e traz os jogadores de volta a Hyrule para enfrentar o vilão Ganon de sua sede de dominação. 

Assim que compra seu Nintendo Switch, ao abrir a caixa, você percebe o quanto o videogame é pequeno. Sabe o tablet que viu em comerciais e vídeos no Youtube? Aquele é o console, um pouco maior que o iPhone 7 Plus (a tela dele é do tamanho total do celular, sobrando as bordas para encaixe e botões). A “dock”, um stand do aparelho, serve apenas para carregar a bateria do Switch e conectá-lo na televisão. Os controles podem encaixar tanto no tablet quanto num encaixe que vem na caixa do aparelho para se assemelhar aos controles convencionais. Fora isso, há braceiras que podem encaixar neles também para jogos que utilizem o comando de movimento (Just Dance 2017, Arms –exclusivo novo da Nintendo- entre outros).

Após cerca de dois minutos de configuração (ou menos, dependendo da sua velocidade de leitura), o console está pronto para colocar as fitas e jogar. Simples assim. Foram lançados poucos jogos junto ao videogame, mas se pensar bem, é apenas um aperitivo para que ele tem a oferecer. The Legendo of Zelda: Breath of the Wild, por exemplo, é um meio de mostrar o potencial do videogame para os gamers mais apaixonados por jogos de ação e exploração. Graficamente, sua jogabilidade, o tamanho de seu enredo e suas possibilidades são tão incríveis como eram quando descobri The Legend of Zelda: A Link to the Past, no SuperNintendo. Falarei mais sobre ele, mas também não é o momento (adianto: nota 10/10).

Mas vamos supor que você não se interessa por The Legend of Zelda. Claro, ignoraremos o fato dele receber uma das maiores notas no mundo dos games em toda história e isso não lhe faz balançar. Há três jogos que lhe mostram o público que a Nintendo quer atingir. O primeiro, básico, Just Dance 2017. Você apenas desacopla os controles do tablet ou do encaixe, coloca-os na braceira (não é obrigatório, mas recomendo para que não faça estas caras belezas voarem) e reproduz os movimentos do game. Nem é preciso comentar ou debater o sucesso familiar que Just Dance proporciona. Temos também Super Bomberman R, que pode ser jogado na televisão, no tablet ou com amigos em casa ou estabelecimentos, apenas com os dois controles que já vem no console. Sim, cada um dos encaixes é um controle distinto. Um jogo veloz, simples e que garante a diversão de qualquer tarde/noite de papo. Se tiver mais amigos e mais controles…até quatro pessoas jogam no mesmo aparelho. Assim como 1-2 Switch, nova franquia da empresa que proporciona vários minigames quais, alguns, não precisam nem estar com o olho no videogame. Novas funcionalidades e ideias que podem parecer “simples”, mas bem implementadas podem alterar definitivamente nosso conceito sobre jogos.

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Super Bomberman R traz os antigos jogadores de bombas para a nova geração, prometendo muita diversão e brigas

Para as crianças pequenas, o jogo de figuras NFC (Near Field Communication, ícones que colocados perto de um campo eletrônico compatível gera elementos dentro de celulares ou videogames) Skylanders Imaginators garante muita diversão e vários bonecos da linha para colecionar e jogar. Poucos jogos para o lançamento? Concordo com sua opinião, de verdade. Mas vamos pensar juntos, são os necessários para mostrar o potencial que teria em mãos para desenvolver novas ideias e revitalizar o mercado de games. Há Mario Kart para vir, Super Mario Odyssey, Splatoon 2, Fire Emblem Warriors, novas franquias, jogos third party (feitos por outras fabricantes) como Dragon Ball Xenoverse 2, The Elder Scrolls V: Skyrim, FIFA 18, NBA 2k18…o ano será movimentado para o novo console.

Aí você se pergunta onde eu quero chegar. A Nintendo não está preocupada com seus gráficos. Nem com a quantidade de jogos que estará em suas mãos. Tampouco está preocupada com um amontoado de críticas. Eles querem que você se divirta. Quem é da época, sabe o que sentia com o SuperNintendo nas mãos. Com um Nintendo 64. Com seu GameBoy, Nintendo DS. Com um Nintendo Wii. E eles querem que sinta o mesmo com o Switch. Querem qualidade acima de quantidade. The Legend of Zelda está aí para mostrar isso, reinventando toda uma franquia que persiste por mais de 35 anos com elementos inovadores até para todo um mercado. Para quem não lembra…o Ocarina of Time, do Nintendo 64, foi responsável por vários elementos que usamos em games até hoje (seja de RPG, ação, tiro etc.). Entende o ponto onde a Nintendo realmente está investindo?

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Arms é uma das franquias novas da Nintendo, cujo único objetivo é usar o controle de movimentos para “descer o braço” nos oponentes. 

Eles entenderam, com Pokémon GO, Super Mario Run e Fire Emblem Heroes que o público mudou. Ele está andando por aí. Os jogadores não querem mais ficar parados num lugar só. Eles têm um mundo globalizado ao redor e não se permitem ficar parados. Nem mesmo nossas crianças. Então deram algo para você se divertir, onde quer que vá. Algo que não bate de frente ao Nintendo 3DS, que funciona como um ótimo portátil para todos os efeitos. Algo que você, no calor do momento do confronto daquele chefe de fase possa parar para ir a algum lugar e continuar lá, por exemplo. E querem que você utilize o produto deles para se divertir com as outras pessoas também.

A Nintendo, fazendo isso, traz de volta tudo que foi efetivo na fase do Nintendo Wii. Um console convencional, que pudesse lhe trazer os melhores games possíveis e pudesse servir para os jogadores ocasionais. Que tivesse apelo para todas as idades, todo tipo de público e que unisse as pessoas. Na época onde tudo é resolvido no modo online, não podemos ignorar o esforço que eles estão para que haja um engajamento de todos para jogarem juntos.

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Os joy-con, controles de movimento do Nintendo Switch se assemelham bastante aos Wii Mote do console antigo. 

E ali está a força da Nintendo. Na diversão. Em sentarmos todos juntos e jogarmos, conversando e tirando sarro um do outro. Não nos preocuparmos ao pegar um game se ele me entregará aquilo que promete. Em lhe entregar um console que possa divertir a você, pai de família, mãe, avô e avó, crianças, jovens, interessar quem não curte muito games e fazer quem já curte voltar a se apaixonar pelo mercado. A Nintendo, como falei antes, tem como maior preocupação se aquilo que está levando vai lhe garantir que se sinta feliz.

Erraram, toda empresa erra. São feitas por seres humanos, como eu e você. Nem falo sobre os últimos, como Metroid Federation Force, de 3DS que até hoje tem um aspecto controverso aos fãs clássicos, ou o próprio Nintendo Wii U que, pessoalmente não vejo todos os erros que apontam, mas que possuiu uma vida útil menor e não chegou ao menos próximo de fazer o sucesso que os demais videogames da empresa e até do seu irmão portátil. Mas o Nintendo Switch está em mãos. Ele traz aquilo que a Nintendo possui de melhor. Está acompanhado de jogos que farão seus olhos brilharem como em sua infância nos consoles antigos. Não vou negar, também estava apreensivo. Vou reproduzir abaixo exatamente as falas que estive com minha namorada enquanto o tirava da caixa. Esse diálogo durou menos de um minuto:

– Você deve estar bem empolgado… – ela, tentando entender como era comprar um videogame novo.

– Não diria empolgado…está mais para “curioso” – disse, abrindo a caixa, tirando os equipamentos do plástico e os observando. Depois que coloquei os joy-con (controles) no tablet para ver como eram e o coloquei em todo resplendor nas mãos ressaltei – Amor, esquece o que acabei de falar. Estou empolgado sim.

E assim comecei a minha jogatina, não sabendo o que esperar, mas sentindo que seria algo que ficaria sempre em minha memória. Semana que vem falarei sobre o novo The Legend of Zelda: Breath of the Wild, que acompanhou o console e como o console se comporta com um jogo desta magnitude. Espero que lhe façam refletir como coisas simples podem esconder surpresas épicas nos videogames.

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