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Opiniões

28 DE MARÇO DE 2013

Plano Integrado

Por: Fernando De Maria

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Até o final do ano, a Região Metropolitana da Baixada Santista contará com um Plano de Desenvolvimento Estratégico, estudo pioneiro no estado de São Paulo e que servirá de modelo para as demais regiões metropolitanas paulistas.
A proposta visa orientar quais ações  deverão ser tomadas pelos governantes para os próximos anos visando preparar a região para o futuro próximo, especialmente em razão da potencialidade do crescimento decorrente da expansão portuária, do incremento da cadeia de petróleo e gás, da força do polo industrial e da área de serviços, do turismo e da construção civil para citar alguns exemplos de indutores da economia regional.
Para tal, o trabalho, a ser desenvolvido pelo empresa Geobrasilis, vencedora da licitação feita pela Agência Metropolitana da Baixada Santista – Agem, prevê várias etapas até sua conclusão  com cruzamentos de informações de pesquisas, relatórios e dados sobre a região, além de contatos com prefeitos e representantes das prefeituras para apontar quais são as prioridades de cada município.
A proposta prevê a criação de um plano integrado para definir os caminhos que a região deverá tomar para se tornar um modelo de desenvolvimento no País. A perspectiva é positiva em razão da potencialidade elencada. No entanto, os desafios também ocorrem na mesma proporção, pois a disparidade social é elevada, onde Santos concentra boa parte do poder aquisitivo, além dos serviços e da infraestrutura oferecida em relação aos municípios vizinhos. E a disparidade provoca impactos dos mais variados, seja no transporte público e na concentração de veículos, seja na saúde, onde a Cidade é relativamente independente quanto ao total de leitos, mas tem a média jogada para baixo quando somada com a média regional.
Além dos dados compilados de estudos realizados, com cruzamento de informações e demandas, o levantamento também levará em consideração exemplos semelhantes presentes em outras localidades e que deram certo, como na área metropolitana de Boston (EUA), onde uma agência pública fundada há 50 anos atua em oito subregiões daquele estado atendendo as demandas metropolitanas de 101 cidades. Obviamente que nem tudo pode ser adaptado, mas deve-se levar em consideração que boas experiências podem ser copiadas e adequadas.
Alguns desafios também deverão ser levados em consideração para que ao final do trabalho não fique a sensação de que tudo é bonito no papel, mas na prática a realidade é outra. Por exemplo, como aliar desenvolvimento com os impedimentos ambientais garantidos em leis, algo comum na região? E onde obter recursos para fomentar as mudanças sugeridas?
Indagações que devem ser respondidas ao final do trabalho para que sua serventia tenha valido a pena e possa ser efetivamente ser colocada em prática em prol do desenvolvimento regional.

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