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04 DE JANEIRO DE 2015

Planos e realidade

Por: Fernando De Maria

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Novo ano, vida nova. Será? Na posse da presidente Dilma Rousseff e dos governadores eleitos e reeleitos, as promessas de praxe. Melhorias sociais e econômicas, ênfase na segurança, saúde e educação apenas para citar algumas áreas. Tolerância zero com a corrupção.

Um leitor atento que tem o hábito de acompanhar as posses dos governantes percebe que – guardadas pequenas alterações nas falas iniciais – as promessas são as mesmas. Nem sempre, porém, colocadas em prática. Além disso, é comum a chiadeira com a falta de recursos deixados pelo governo anterior – especialmente se for de oposição.
A verdade é que, mesmo que haja boa vontade e determinação de quem está à frente do Executivo, nem sempre os comandados estão no mesmo ritmo. Há interferência político-partidária, com a escolha de nomes muitas vezes distantes do seu habitué político, como o novo ministro da Educação, Cid Gomes. Ou dos Portos, Edinho Araújo, apenas para citar dois exemplos.

A presidente Dilma Rousseff disse em seu discurso sobre o compromisso de extirpar a corrupção, algo bonito de se ouvir, especialmente entre as pessoas que labutam e pagam impostos para sustentar uma estrutura viciada e corrupta. Na prática, sabe-se, que a corrupção é endêmica. Afinal, estamos na 69ª posição entre 175 países no Índice da Transparência Internacional. Perspectiva de melhora?

Em âmbito paulista, o governador Geraldo Alckmin também tem seus desafios, como a segurança, assim como a crise hídrica.

Sem contar com a Educação, área onde o Estado deixa – e muito – a desejar. O desconforto com a pasta ficou explícito com a demora do governador para definir se o atual secretário, Herman Voorwald, continuaria no cargo. Depois de consultar outros nomes, que rejeitaram o convite, Alckmin o manteve.

Um dos motivos foi a queda do desempenho das escolas estaduais paulistas no ranking das melhores notas em Português, caindo de 7º para 10º lugar, ao fim do Ensino Fundamental. A vantagem de Voorwald é que ele conseguiu passar incólume às tradicionais greves dos professores, movimentos tradicionais junto aos governos tucanos.

Como quer ser candidato à Presidência em 2018, o governador fará de tudo para chegar fortalecido até lá e quer mostrar serviço. Na região, pesam a favor o início do processo de desocupação da Serra do Mar (ainda longe de ser concluído, ressalve-se), e as obras do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, cujo cronograma já foi mais alterado que vestido de manequim em vitrine de loja.

Por sua vez, questões polêmicas ainda renderão, como a construção do túnel Santos-Guarujá, investimentos em segurança, na área da Saúde e ampliação de escolas em tempo integral para citar alguns exemplos.

Que a retórica, portanto, saia do papel com maior agilidade para atender aos anseios da população e assim as promessas comuns no início de cada mandato sejam efetivamente reais e não apenas retóricas de ocasião.

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