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08 DE NOVEMBRO DE 2012

Velhos novos problemas

Por: Fernando De Maria

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Com a atracação do navio Aidacara na sexta (9), começou a nova temporada de transatlânticos para o período 2012/2013. Será mais curta que a anterior e contará com 212 escalas, contra as 380 da temporada passada.
No entanto, com navios maiores, o volume de passageiros não deverá ser tão diferente, conforme as expectativas da Concais, administradora do terminal: algo em torno de 1 milhão e 100 mil passageiros.
Santos já se tornou referência nacional em relação aos transatlânticos, trajetória iniciada de forma tímida em 1998. Após 14 anos, é inegável apontar os avanços ocorridos na infraestrutura oferecida  e até a própria cidade e  parcela dos moradores passaram a se beneficiar da nova indústria.
No entanto, fica claro que  ainda há muito a se fazer e os velhos problemas de outrora ocorrerão novamente. Filas, superlotação em dias de pico, dificuldades de locomoção, limitação no atendimento quando mais de três navios estiverem atracados simultaneamente são alguns exemplos desta antiga novela. O Concais até pode negar, mas quem já utilizou os serviços em dias de grande fluxo sabe como tais situações ocorrem. 
O Porto de Santos é o maior da América Latina e tem no transporte de cargas a sua razão de existência. Em razão disso, a Codesp limitou a atracação de seis navios por vez para impedir mais transtornos. Apesar da determinação, em vigor desde 2008, no dia 9 de fevereiro, véspera de Carnaval, serão aguardadas oito embarcações, situação parecida à da semana seguinte  (dia 16), com sete navios. E em ambos os dias, quem estará atracado será´o MSC Fantasia, a principal atração da temporada, com 333,3 metros de comprimento e capacidade para 4.363 passageiros. Vale por dois. Literalmente.
A alternativa para a pendenga é que dois navios (Zenith e Favolosa) atracarão às 19 horas, após a saída de outras duas embarcações. Ou seja, os passageiros que já compraram pacotes para estes dois navios perderão praticamente um dia de viagem. No site da Concais, a informação é outra.
A situação é semelhante ao do estacionamento que aceita mais carros do que sua capacidade de acomodação. Alguns veículos acabam ficando na rua. E quem paga pelo serviço está sendo ludibriado.
Na verdade, o Terminal de Passageiros do Concais fatura muito pela qualidade do serviço oferecido. Em entrevista à revista Veja São Paulo, a coordenadora do grupo de infraestrutura da Associação de Cruzeiros Marítimo (Abremar), Márcia Leite, informa que por aqui a taxa de embarque chega a U$ 80 (R$ 172). A Concais nega este valor. A Codesp diz que há sete anos não há recomposição das tarifas. A Concais apenas informa que não divulga as taxas cobradas, “por ser uma questão comercial restrita”.  E o passageiro? Mero detalhe.

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