A marca santista Anarquia de Vestir, criada por Suzana Elias Azar e Adriana Seixas, é um destaque no empreendedorismo feminino após os 50 anos. As duas sempre tiveram relação com a moda, embora por caminhos diferentes. Suzana construiu carreira no jornalismo e na comunicação de moda. Já Adriana atuou por muitos anos na criação de acessórios e peças artesanais. Assim, decidiram unir suas experiências em um projeto que valoriza identidade, autenticidade e sustentabilidade.
A marca nasceu do desejo de produzir moda autoral com propósito. Dessa forma, as peças respeitam corpo, tempo e planeta, seguindo uma lógica mais consciente. O nome “Anarquia de Vestir” reflete essa visão. Para elas, vestir-se é um ato de liberdade, que rompe padrões e celebra a individualidade. Além disso, o trabalho da dupla se destaca pelo uso de materiais reaproveitados, produção local e modelagens inclusivas. Cada peça é pensada para durar, o que reforça o compromisso com o slow fashion e a moda sustentável.
Empreender depois dos 50 trouxe desafios. O principal deles foi acompanhar o ritmo acelerado do ambiente digital. No entanto, a maturidade se tornou uma vantagem. Como explica Suzana, “aos 50, você não começa do zero; começa com bagagem”. Por isso, mesmo diante de dúvidas externas, a dupla encontrou apoio em uma rede de mulheres que busca reinvenção e propósito.
Hoje, a Anarquia de Vestir reúne uma comunidade crescente e uma identidade sólida na moda consciente. A marca inspira outras mulheres a empreender com coragem, autonomia e estilo. Assim, mostra que recomeçar depois dos 50 é possível — e também transformador.