“Não sou a escolha da cúpula do PSDB”.
A frase sintetiza a saída do ex-governador João Doria na disputa presidencial pela legenda.
Desde que foi escolhido nas prévias da legenda, Doria encontrava resistência dentro do seu próprio partido.
Primeiro, com o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Depois, com deputado mineiro Aécio Neves e, por fim, com o presidente da legenda, Bruno Araújo.
Na semana passada, os presidentes do PSDB, do MDB e Cidadania decidiram indicar a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como a candidata única da terceira via à Presidência.
Com isso, o nome do ex-governador, que deixou o cargo em março passado para disputar as eleições presidenciais, foi literalmente ‘rifado’.
Apoio
Em pouco mais de 11 minutos em sua coletiva, Doria, em tom cabisbaixo, sintetizou e agradeceu o apoio que teve por parte da legenda na sua trajetória política, iniciada em 2015, quando venceu as prévias da legenda para disputar a prefeitura de São Paulo, sob as benções do seu ex-padrinho político, Geraldo Alckmin, hoje no PSB.
Em sua fala, Doria enfatizou que participou de todas as prévias para os cargos que disputou, seja para a prefeitura de São Paulo, governo do Estado e para a presidência da República.
“Sensação do dever cumprido e missão bem realizada marcada por uma boa gestão e sem corrupção”, enfatizou.
Salientou ainda que aposta na vitória do seu ex-vice, Rodrigo Garcia, “que será reeleito ao governo de São Paulo”.
Confira o vídeo
https://www.facebook.com/jdoriajr/videos/818275389138430/
Repercussão
Ex-coordenador regional do PSDB e um dos fundadores da legenda, Raul Christiano, lamentou nas redes sociais a saída da disputa do ex-governador.
Christiano defendeu a refundação do PSDB, pois será a primeira vez em sua história que o partido não lançará candidato nas eleições presidenciais.