Cinco tiros à queima roupa.
Ninguém morreu nem se feriu.
Afinal, por sorte, o carro era blindado.
As lembranças e os bastidores daquela manhã do dia 11 de novembro, além de registradas na memória da jornalista e então candidata à prefeitura de São Vicente e assessores, Solange Freitas, agora serão compartilhadas com o público.
Na próxima sexta (1), Solange lançará o livro que trata do assunto no Ilha Porchat Clube, a partir das 19 horas.
A obra será entregue mediante um quilo de alimento não perecível ou um pacote de absorvente a serem doados.

A jornalista Solange Freitas participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias, apresentado pelo jornalista Francisco La Scala Jr. Foto: Carla Nascimento
No livro, ela conta sua trajetória pessoal, profissional – como repórter por anos na TV Tribuna, afiliada da TV Tribuna – e a mudança do jornalismo para a política, ao entrar de cabeça na campanha eleitoral à prefeitura vicentina naquele maio de 2020.
Mas o ponto forte da obra, sem dúvida, será apresentar detalhes e bastidores da sua campanha eleitoral, marcada por fake news, agressões e ataques virtuais e até atentado a tiros que, por sorte, não resultou em mortes nem feridos.
Hoje, um dos envolvidos está preso e será levado a julgamento e outro está foragido.
A previsão é que eles sejam julgados em júri popular em agosto ou setembro.
“Mas até agora a polícia não chegou ao mandante do crime”, salientou, a despeito dela assegurar que tem graves suspeitas dos reais autores deste crime.
Ataques
Em meio aos mistérios e a violência no meio político, a jornalista figurou em uma lista das mulheres mais atacadas com fake news no Instagram durante o segundo turno das eleições de 2020.
“Fiquei em 8º lugar neste triste ranking”, diz.
Dessa forma, o título resume bem a situação vivenciada pela jornalista quando optou em migrar para a política.
“Para muitos, na política vale tudo. Menos perder o poder”, lembra Solange.
Ela anunciou o lançamento da obra em primeira mão durante o Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (23).
Dessa forma, Solange explica também os motivos que a fizeram sair do PSDB, onde ocupou o cargo de subsecretária de Assuntos Metropolitanos no ano passado.
“Nas eleições de 2020, houve um salve geral por parte de uma facção contra o PSDB. Eu não pude fazer campanha nas comunidades, por exemplo. E há a possibilidade disso voltar a ocorrer nestas eleições também”, salientou.
Assim, Solange deixou a legenda e entrou no União Brasil, partido a qual ela se coloca como pré-candidata à Assembleia Legislativa.
Dessa forma, durante a entrevista, ela falou também sobre projetos para a Baixada Santista.
Além disso, defendeu o plano de mobilidade regional que está em discussão pelas prefeituras.
“Ele será importante para definir toda a mobilidade regional”.
Assim, a jornalista também falou sobre eleições à presidência, governo do Estado e a necessidade de maior representatividade tanto na Câmara Federal como à Assembleia Legislativa, onde ela pretende ocupar uma das 94 cadeiras a partir do próximo ano.