Se política é algo ainda distante para a maioria das mulheres nos dias atuais imagine no século passado?
Ainda que hoje a situação está bem melhor.
Afinal, dos 5.568 municípios brasileiros, as mulheres governam apenas 658 (11,8%).
“Estou nesta luta desde os anos 80. Precisamos avançar ainda mais”, salienta a vereadora Telma de Souza (PT), uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores.
Ela participou do Jornal Enfoque desta segunda (6), dentro das comemorações da Semana da Mulher.
Telma foi prefeita de Santos entre 1989 a 1992 e fez seu sucessor, o médico David Capistrano (na época não havia reeleição).
Até hoje foi a única mulher a ocupar a principal cadeira na cidade que, proporcionalmente, tem o maior número de mulheres em relação aos homens (no censo de 2010, eram 35 mil mulheres a mais).
No Brasil, as mulheres representam 51,8% da população e mais de 52% do eleitorado brasileiro.
Antes, ocupara o cargo de deputada estadual, a qual foi reeleita posteriormente. (87/88 e 2011/2014).
Com sua votação expressiva, chegou a ser cotada como candidata ao governo do Estado pelo partido em 1994, mas José Dirceu acabou sendo o escolhido na ocasião.
Cumpriu três mandatos como deputada federal (1995-1999), (1999-2003) e (2003-2007) e ocupou durante um mês o mandato em janeiro de 2011.
Dessa forma, nas eleições de outubro, ficou na segunda suplência do PT à Assembleia Legislativo após obter mais de 50 mil votos.
À frente da Prefeitura, criou a Coordenadoria da Mulher, hoje transformada em secretaria, conforme proposta do prefeito Rogério Santos (PSDB), sob o comando da vice-prefeita, Renata Bravo.
Outros assuntos
Durante o programa, a vereadora analisou também os primeiros 60 dias do governo Lula, a qual destacou o seu papel de articulador de uma aliança que não se limita ao PT – a qual ela considerou salutar.
“Ele está com uma disposição incrível”, salientou.
Não bastasse, falou também do embate – e vitória – do ministro Fernando Haddad para o reajuste dos combustíveis (gasolina e álcool) em decorrência da proposta que vigorava com isenção de impostos desde o ano passado.
Além disso, fez um balanço do governo Tarcísio de Freitas e uma análise do cenário político eleitoral de Santos para 2024.
“Ainda é muito cedo para qualquer definição”, salientou.
Desestatização do Porto de Santos, nomeação do economista Fabrízio Pierdomênico para a Secretaria Nacional dos Portos (que foi que seu assessor enquanto deputada federal), mandato na Câmara e outros assuntos também estiveram em pauta.
Confira o programa completo