Em crise, Santos FC busca superar dificuldades em ano eleitoral | Boqnews
Foto: Raul Baretta/Santos FC

Esportes

21 DE JULHO DE 2023

Em crise, Santos FC busca superar dificuldades em ano eleitoral

Peixe tenta superar crise para melhorar desempenho no Brasileirão

Por: Felipy Brandão
Da Redação

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Poucos presidentes do Campeonato Brasileiro sofrem tanta pressão quanto o presidente do Santos FC Andrés Rueda, hoje em seu terceiro ano de mandato no Santos.

O cartola comanda um clube com alta expectativa em relação ao seu desempenho esportivo, prejudicado por problemas financeiros, e com um discurso de austeridade que irrita a opinião pública – combinação explosiva.

Como a dívida do Santos está acima do que deveria, em comparação ao que o clube gera em receitas, algumas consequências são inevitáveis. Uma delas é a taxa de juros paga sobre empréstimos. Só em 2022, foram desperdiçados R$ 15 milhões com esses acréscimos.

Outra atitude que parece inescapável é a busca por novos créditos. No ano passado, a associação alvinegra fez antecipações de receitas com os avais da Federação Paulista de Futebol e do percentual da TV.

Para fechar o buraco no caixa hoje, compromete-se o amanhã. E assim a crise financeira não acaba nunca; ela só é rolada, na esperança de que o cenário mude.

Cenário eleitoral

Todos esses problemas apontam mais para antecessores do que propriamente para Rueda, pois grande parte dessas dívidas foi feita antes da administração dele. Mas já não dá para livrar o atual presidente da responsabilidade sobre a situação do Santos em geral.
Hoje em dia, as receitas do futebol são em boa dose variáveis, isto é, estão vinculadas ao desempenho esportivo.

Apesar da folha salarial modesta em comparação a outras equipes, até para cumprir a promessa de austeridade e saneamento das contas feita pelo presidente, o departamento de futebol precisaria se superar nas escolhas de treinadores e atletas. E não tem conseguido.
Por não ter grande performance em campo, sobretudo nas competições em mata-mata, que pagam as maiores premiações, a arrecadação não aumenta.

Transferências de atletas contribuem, mas estão abaixo do que faturam adversários. Bilheterias da Vila Belmiro são baixas – e com o estádio fechado após a confusão no jogo contra o Corinthians – a situação só piora. E assim o Santos fica onde está: inerte em uma crise financeira que não diminui.
Atrapalha ainda mais a vida do dirigente o fato de que, apesar da tentativa de equacionar as finanças, os resultados não têm aparecido. Não só em campo, mas também nas demonstrações contábeis.

Em 2022, o balanço demonstra que o quadro agravou: a dívida aumentou, o perfil dela piorou, e há dificuldades para expandir o faturamento.

Parte econômica

No primeiro ano de Rueda na presidência, parecia que o Santos tinha começado a sua recuperação. Com um aumento evidente das receitas e a redução das dívidas, o clube precisaria repetir a fórmula por mais algumas temporadas até ter a sua situação financeira sanada.
O plano desandou já no segundo ano, com o movimento na direção contrária de ambas as linhas.

O faturamento (tudo o que foi arrecadado em cada ano) baixou, enquanto o endividamento (o que havia a pagar no último dia de cada exercício) voltou a subir.

Com uma folha salarial anual de R$ 135 milhões para o departamento de futebol, o clube gasta menos da metade de rivais como Internacional, São Paulo e Corinthians. A expectativa, no entanto, é de competição de igual para igual.

Esse indicador econômico importa porque é o que tem maior correlação com a performance em campo. Neste cálculo, a folha inclui salários, encargos trabalhistas, direitos de imagem e de arena, premiações e deduções de natureza previdenciária.

Tudo o que remete à remuneração. Das duas, uma: ou o Santos precisaria ser muito eficiente com o pouco dinheiro que gasta em futebol, fazendo as melhores escolhas possíveis para comissão técnica e atletas, ou deveria elevar o montante que gasta.

Agenda

O próximo jogo do Santos é na Vila Belmiro, às 16h, contra o líder do Campeonato, Botafogo (RJ). E novamente, com portões fechados – e sem renda.

No primeiro ano de Rueda na presidência, parecia que o Santos tinha começado a sua recuperação. Com um aumento evidente das receitas e a redução das dívidas, o clube precisaria repetir a fórmula por mais algumas temporadas até ter a sua situação financeira sanada.

O plano desandou já no segundo ano, com o movimento na direção contrária de ambas as linhas.

O faturamento (tudo o que foi arrecadado em cada ano) baixou, enquanto o endividamento (o que havia a pagar no último dia de cada exercício) voltou a aumentar.

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