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Cinema

30 DE AGOSTO DE 2022

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Querô lança obra sobre Andor Stern, único brasileiro sobrevivente ao Holocausto

Além disso, será o segundo longa produzido pelo Instituto Querô, que já ganhou projeção internacional com a estreia elogiada de Sócrates

Por: Da Redação

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Após o sucesso de Sócrates (2018), que alavancou a carreira do jovem ator Christian Malheiros, a Querô Filmes se prepara para lançar seu novo longa.

Trata-se do documentário Andor, que narra a história do paulistano Andor Stern, o único sobrevivente brasileiro ao Holocausto.

Ele faleceu em abril passado, aos 94 anos.

Portanto, o filme se baseia na obra do escritor santista Gabriel Davi Pierin

Trata-se do livro Uma Estrela na Escuridão, do Ateliê de Palavras.

Uma estrela na escuridão

Assim, o novo filme está inscrito para a Mostra Internacional de São Paulo, que ocorre em outubro.

Além disso, há expectativa que a obra seja aceita no festival e assim “ganhe o mundo”, como diz a coordenadora do Querô, Thammy Weiss.

“Fizemos com recursos próprios para contar a história do único brasileiro sobrevivente ao holocausto”, diz.

Ela participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta terça (30), onde anunciou  a nova obra do instituto, criado na segunda metade dos anos 2000.

Dessa maneira, o Querô levou Stern de volta no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, onde ele relembrou momentos marcantes de sua vida.

“Filmamos lá e aqui para mostrar os ambientes por onde ele passou”, ressalta.

Do Brasil para o Holocausto

Nascido em 1928, filho de pais imigrantes, Stern se mudou para a Hungria, terra natal paterna, quando era criança.

Assim, aos 13 anos, durante a Segunda Guerra, ele foi detido pelas autoridades húngaras por ser brasileiro.

Afinal, o Brasil se juntou aos países aliados, inimigos do Eixo Alemanha/Japão e Itália.

Seus avós, tio e tia grávida foram mortos em câmaras de gás no campo.

Além de Auschwitz, ele vivenciou os horrores da guerra no campo de concentração de Dachau.

Assim, o local foi libertado pelo exército americano em abril de 1945.

Coordenadora do Querô, Tammy Weiss falou dos planos da ONG. Foto: Carla Nascimento

Outras atividades

Assim, na entrevista, Tammy falou também dos projetos desenvolvidos pela ONG, como as oficinas Querô na Escola (atividades audiovisuais produzidas em escolas).

E ainda: Querô na Comunidade (produção de documentários nas comunidades, como no Monte Serrat) e a própria Querô Filmes na produção de longas, séries e curtas.

Além da abertura de possibilidades para jovens, gerando oportunidades profissionais ao público de baixa renda.

Dessa forma, anualmente, cerca de 900 jovens passam pelas atividades do Querô e uma parcela acaba entrando no mercado em áreas técnicas como produção, direção, edição e fotografia, por exemplo.

No ano passado, surgiu o Conexões Querô para apresentar oportunidades aos jovens talentos da região em produtoras nacionais, reflexo do know how que a ONG tem ao longo dos mais de 15 anos de existência.

Assim, o instituto é mantido por meio de editais federal (Lei Rouanet), estadual (ProAC) e municipais (diversos), além de apoio de empresas parcerias, prefeituras, universidades e outras instituições. 

“A iniciativa privada não tem o hábito de investimentos diretos em Cultura”, destaca, mostrando a força dos programas de fomento (investimentos privados em troca de abatimento de impostos) como forma de sobrevivência de ONGs.

Dessa forma, a chegada do streaming (Netflix, Globoplay, HBO, Star, Amazon, entre outros) também ampliou o mercado de trabalho.

“Durante a pandemia, eles tiveram um papel fundamental para fomentar o audiovisual”, salienta.

Futuro

Assim, anunciada com pompa pela prefeitura, inclusive com a doação de recursos do baile da Cidade em 2020  para a inauguração de escola pública de cinema, o futuro espaço, localizado no Mercado Municipal, ainda não saiu do papel.

Dessa forma, Tammy sugere que o centro cultural atue com viés tecnológico.

Por sua vez, ela toma como referência uma parceria firmada entre o instituto e um grupo dinamarquês, que ganhou edital do Instituto Cultural da Dinamarca.

Assim, em Santos, eles criaram um game ambiental testado em escolas públicas.

“Há espaço para o crescimento e a necessidade de criação de mão-de-obra voltada para a criação de games junto com animação. É um mercado promissor e a escola pública pode ser tornar um local de excelência”, enfatiza.

Confira a entrevista completa

 

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