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04 DE OUTUBRO DE 2021

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“Não dá para tratar animais como seres humanos”, explica médico veterinário

Para médico veterinário Luiz Biondi, animais não podem ser comparados a humanos, com a aplicação de tinta nos pelos e perfumes, por exemplo.

Por: Da Redação

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Os animais não podem ter os mesmos hábitos que os humanos, a despeito de muitos acreditarem que isso deva ocorrer.

Assim, não é incomum animais estarem com unhas e pelos pintados, perfumes e até roupas que muitas vezes mais incomodam que beneficiam.

 

Afinal, como diria São Francisco de Assis, o padroeiro dos animais, cuja data é comemorada nesta segunda (4), o amor pelos animais  é inconteste, tratando-os como se fossem seus irmãos.

O fato, porém,  não significa que eles devem ser vistos como humanos.

“Muitas pessoas querem humanizar os animais e isso provoca stress neles”, salienta o médico veterinário e coordenador do curso de Veterinária da Unimes, Luiz Biondi.

Dessa forma, o profissional participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta segunda (4).

Pintar o pelo dos cães é uma prática que mais agrada os tutores que os próprios bichos, além dos riscos à pele dos animais em razão dos produtos químicos adotados na pintura. Foto: Divulgação

Não bastasse, Biondi cita exemplos – além da pintura do pelo de animais, algo que esteve em voga recentemente -, o simples fato de abraçar um gato.

“Eles não gostam de ser abraçados. Isso é estressante para eles”, salienta.

Além disso, o profissional critica a colocação de acessórios com guizos e roupas.

“Ao contrário dos humanos, os animais não perdem calor como nós. Assim, usar roupa para nós significa conforto térmico. Para os animais, nem sempre”, destaca.

O uso de cheiros e perfumes aplicados em animais após o banho também é alvo de críticas.

“Os gatos, em especial, se incomodam com odores”, salienta.

Ração

Assim, sobre a alimentação, o profissional destaca a preocupação com a obesidade dos animais.

Além disso, ele defende o uso de rações balanceadas a serem indicadas pelos médicos veterinários para cada tipo de animal, de acordo com o porte.

“Devem ser evitados pães, bolachas e, em especial, embutidos, pois eles provocam danos no metabolismo dos animais ainda maior que nos humanos”, destacou.

Os biscoitos caninos devem ser dados com moderação em razão das suas calorias.

“Se oferecidos, devem ser abatidos da ração consumida para evitar ingestão maior de calorias”, salienta.

Dessa forma, sobre os banhos, Biondi salienta que, ao contrário do que ocorria antes, não é proibitiva a quantidade de banhos.

Mas deve-se respeitar o volume de pelos dos cães para evitar problemas dermatológicos.

No caso de gatos, a situação difere.

“Gatos em geral não gostam de banhos. Alguns, por exemplo, podem ficar a vida toda sem tomar banho não vai fazer a diferença”, diz.

Passeios

Assim, em um mundo cada vez corrido, o veterinário salienta a importância dos tutores dedicaram parte do seu tempo para passear com bichos, respeitando o comportamento da espécie.

Portanto, caso não seja possível, deve-se atentar para dois pontos: os gatos gostam de caçar – e existem brinquedos que ajudam nisso.

E ainda: podem ser colocados até dentro de casa.

Por sua vez, os cães gostam de farejar e brincar.

“É importante que eles saiam para passear”, salienta.

Além disso, o profissional também salientou a importância da castração precoce na redução do câncer de mama em animais.

“Os tutores devem ficar atentos a qualquer sinal diferente nas mamas”, salienta.

Assim, durante o programa, o profissional também abordou outros temas.

Entre eles, a proposta a ser votada no Legislativo que direciona uma área específica para animais na orla de Santos.

E ainda: recolhimento das fezes e o impacto ambiental, entre outros assuntos.

Confira a entrevista completa

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