A partir da pesquisa do astrônomo índigena Germano Afonso de mapear o céu dos indígenas do Brasil, o artista coreógrafo também indígena Edvan Monteiro Jandé Kodo descendente do povo POTIGUARA, de uma antiga aldeia chamada Mucuripe Açú, criou a performance distópica em dança intitulada de: “O Chamado da Jandaia”.
O Chamado da Jandaia é um movimento necessário no reconhecimento da identidade e saberes indígenas.
Desse modo, na reconexão com a memória da terra e de nossos antepassados, resgatando assim, a tecnologia, as danças, pinturas, espiritualidade e cultura ancestral indígena. Jandaia é um pássaro muito barulhento, símbolo do povo do Ceará que guia, luta e grita chamando de volta.
Edvan Monteiro
Nascido em Fortaleza e residente há 15 anos em Santos (SP), Edvan Monteiro Jandê – Kodo é indígena descendente do povo Potiguara, CE.
É bailarino, performer, dramaturgista, professor de dança, coreógrafo, fotógrafo, videomaker, editor e cenógrafo com práticas ancestrais. É diretor da Cia Etra de Dança, fundada em 2001, e em 2006 lançou o Canal OitO, realizando produções audiovisuais com foco na documentação e fomento da videodança no Brasil, com programas e experimentos em videodança. Em 2017, criou em Santos a primeira Mostra Internacional de Videodança Vertical – MIVDV.
Em 2005 foi selecionado para criar um espetáculo para a última edição do Ateliê de Coreógrafos Brasileiros de Salvador, um dos eventos mais importantes de dança do Brasil.
Foi qualificador de projetos de dança e formação nas Escolas de artes e cultura de várias cidades do Brasil e fora do país. Atualmente é artista orientador do Qualificação em Dança do Estado de São Paulo
A performance “O Chamado de Jandaia” acontecerá em Fortaleza , no dia 3 de abril, às 19h, no Teatro Dragão do Mar, em Itapipoca, no dia 5, às 20h, no Círculo Operário.
Observatório Indígena no Quebra-Mar
Em meados de 2022 Edvan idealizou e construiu um obervatório solar indígena no Quebra-Mar em Santos, SP.
O local já funciona também como um ponto turístico, onde muitas pessoas tiram fotos e ficam curiosas sobre a construção.
O artista com frequência utiliza esse espaço para sua conexão com a cosmovisão indígena. Assim como, para conversar com os frequentadores sobre sabedoria ancestral dos povos originários.
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