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27 DE MARÇO DE 2009

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Influência nipônica

A cultura japonesa se propaga  nas novas gerações, principalmente por meio dos animes e mangás. Respectivamente, tratam-se dos seriados e revistas em quadrinhos com personagens que fazem sucesso não apenas no Japão, mas ao redor do mundo. No Brasil, o fenômeno é semelhante e presenciado cada vez mais em encontros realizados pelo País por fãs […]

Por: Da Redação

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A cultura japonesa se propaga  nas novas gerações, principalmente por meio dos animes e mangás. Respectivamente, tratam-se dos seriados e revistas em quadrinhos com personagens que fazem sucesso não apenas no Japão, mas ao redor do mundo. No Brasil, o fenômeno é semelhante e presenciado cada vez mais em encontros realizados pelo País por fãs do segmento.



Em Santos, a organização de eventos desta natureza  é pequena, embora esteja em ascensão. O Anime Summer, principal encontro do gênero na Cidade, precisou mudar de local, depois de dois anos. Deixou o Colégio São José para ocorrer, no último final de semana,  na sede da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), com o objetivo de ampliar o espaço concedido aos visitantes.

Entre os agentes incentivadores da propagação dessa cultura, destacam-se a internet e a televisão. O primeiro, na formação, principalmente, dos fãs mais recentes, e na facilitação de acesso a seriados que ainda estão longe de aparecer por aqui. O segundo, por sua vez, foi um dos grandes responsáveis pelo contato inicial dos admiradores mais antigos com os animes-mangás, nas décadas de 80 e 90, principalmente, quando os tokusatsus (seriados envolvendo atores e cenários fictícios) como Jaspion, Changeman e Jiraya fizeram  sucesso em emissoras como SBT e, principalmente, a extinta TV Manchete.

No comércio
Foi justamente nesse período que Rodrigo Lourenço dos Santos, 20 anos, começou a adentrar nesse universo. Aos cinco anos, conheceu o anime Sawamu, que contava  a história de um lutador de artes marciais. “Meu pai, que até hoje é fanático, me mostrou a fita de vídeo com a história e eu gostei muito”, relembra.

Já com 15 anos, Rodrigo possuía uma série de seriados em DVD, e conheceu Carlos Henrique, dono de uma loja de games no Centro, e que também possuía mídias com animes gravados. “Eu tinha uma parte da história dos Cavaleiros do Zodíaco, e ele, a outra. Propus que fizéssemos uma troca, e ele aceitou, e daí por diante, passamos a, sempre que tínhamos algo novo, dividir a novidade com o outro”, lembra.

Foi naquele momento que, embora a comunidade de fãs anime-mangá ainda não fosse elevada, surgiu a oportunidade para Rodrigo — conhecido pelos amigos como Ichigo, personagem principal do anime Bleach — pudesse tornar seu gosto pela cultura nipônica em negócio. “Numa dessas trocas, apareceu um cara e quis comprar o DVD. No primeiro momento, fiquei meio sem saber o que fazer, mas depois que vendi, notei que era um mercado que podia crescer. E junto com o Carlos Henrique, abrimos uma loja só sobre animes, a única da Cidade na ocasião”, conta.

O comércio de DVDs de animes, no entanto, é complicado. Primeiramente pela questão legal, pois alguns seriados são licenciados, impedindo que sejam vendidos após baixados da internet. A maioria, no entanto, não tem tal licença, e a venda após o download não fere a legislação, pelo menos por enquanto.

“Já veio a Polícia Federal dizer que vendíamos cópias, e tive que explicar que não se tratava de pirataria, porque não havia o original. A maior dificuldade é saber quando determinado seriado é licenciado, mas quando se fica sabendo, automaticamente nos adequamos”, explica.

O segundo ponto é a própria produção do DVD. Ichigo conta que assiste até três vezes cada um dos seriados que grava, para conferir se não há falhas, atrasos na colocação da legenda ou cortes indevidos.
“Dá até para ficar de  ‘saco cheio’ de tanto assistir aquele anime, mas faz parte do negócio. A clientela, embora não seja grande, é cativa. É  legal manter a qualidade. Dá trabalho, mas vale a pena pelo resultado”, explica.

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