Do sul ao norte e do leste ao oeste.
É difícil ir para algum canto do Brasil e não encontrar alguém que escute música sertaneja.
Mas o que faz o sertanejo ser tão brasileiro a ponto de percorrer o país inteiro e até o mundo?
A resposta pode ser respondida com apenas uma palavra: simplicidade.
O sertanejo de hoje é muito diferente do que era cantado lá no início da história do gênero.
Para contar um pouco deste estilo que ganha cada vez mais fãs, o time de pesquisa do site de roleta online Betway Cassino fez um infográfico muito interessante para mostrar a evolução do estilo musical, que está completando um século.
Conforme o infográfico produzido pela equipe da Betway Cassino, tudo começou quando Cornélio Pires mostrou os costumes caipiras em forma de músicas e peças teatrais.
O então pesquisador, compositor, escritor e humorista passou pelo norte e oeste paranaenses, interior paulista, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e mato-grossense.
Nas letras, ele retratava a beleza da paisagem do interior e comparava o homem “caipira” com o da “cidade”.
Por esse motivo, o ritmo começou a ser conhecido como música caipira.
Duplas como Zico Dias & Ferrinho, Laureano & Soares e Mandi & Sorocabinha são considerados os pioneiros.
Naquele tempo era necessária uma boa história, uma viola e folego.
As músicas não eram tão curtas como as atuais.
Novos instrumentos
E com o ritmo se espalhando, novas gerações vieram e com elas um estilo novo, mas que ainda mantinha o pé no antigo.
Em 1945, a harpa e o acordeão foram inseridos, dividindo a música e o cantor com a viola.
Em 1960, mais uma nova era. A guitarra elétrica já fazia parte da música caipira.
Que de caipira mesmo, só as letras.
Mas as mudanças não pararam por aí.
Os anos 70 e 80 foram cruciais para que a música de fato se espalhasse pelo país.
Instrumentos de orquestra, base de rock e arranjos instrumentais deram uma cara nova para a fase que muitos chamam de sertanejo raiz.
Foi nessa mesma época quando Milionários & José Rico apareceram.
Depois da dupla, surgiram Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, entre outros.
As duplas se consolidaram e as músicas também.
Pense em mim, Entre tapas e beijos e Evidências se tornaram clássicos brasileiros. E até mundiais.
Expansão para as cidades
Com o passar dos anos, o gênero musical já não pertencia tão fortemente às áreas rurais das cidades.
Sempre com a característica de uma melodia simples e melancólica, que com o tempo só se tornou mais dançante.
Porém, a simplicidade continuou presente.
Muitos instrumentos e equipamentos foram adicionados, mas o sertanejo dos anos 2000 em diante juntou o que havia de mais bonito na música cantada por Cornélio Pires em meados dos anos 20, com a energia da cidade.
Victor & Léo, Fernando & Sorocaba, Gusttavo Lima e Luan Santana são cantores que ajudaram nesta transição, transformando a música caipira em algo muito mais facetado, assim como é o Brasil.
Alguns cantores também optam por misturar o gênero com outros ritmos, como funk, pop e até mesmo mpb ou pagode.
E com os últimos acontecimentos, parece que foi mais uma bola dentro dos artistas sertanejos.
Portanto, não importa o quanto o cantor misture gêneros, mas ele sempre voltará para as suas raízes, motivo de orgulho para as músicas nascidas pelo interior do Brasil.