Na hora de financiar um imóvel ou veículo, o comprador precisa escolher uma forma de amortização.
É isso que irá definir como o empréstimo será pago ao longo do tempo.
Uma das alternativas é a Tabela SAC, também conhecida por Sistema de Amortização Constante.
Como o próprio nome sugere, nessa modalidade a amortização é a mesma durante todo o financiamento.
Porém, as prestações diminuem ao longo do contrato.
Entenda melhor!
Como funciona o SAC
Para entender como o SAC funciona na prática, é importante pensar em um exemplo.
Se uma pessoa deseja comprar um imóvel de R$ 250 mil e dá R$ 75 mil de entrada, então, o financiamento será de R$ 175 mil.
Caso as taxas sejam de 9,2% ao ano, o prazo seja de 20 anos e o comprador opte pelo SAC, a primeira parcela será de R$ 2.017,38.
Já a última será de R$ 734,53.
Isso ocorre porque conforme o saldo devedor vai diminuindo, os juros também acompanham isso, tornando o pagamento mensal mais barato.
Diferentemente do SAC, a Tabela Price é um tipo de amortização em que as parcelas são fixas no momento da contração.
Portanto, da primeira até a última prestação, o consumidor irá pagar o mesmo valor.
Nesse caso, os juros caem e a amortização aumenta durante o financiamento.
Em virtude de ter um preço fixo, há situações em que a Tabela Price é a melhor e/ou única opção.
Quando o comprador não consegue comprovar a renda suficiente para pagar as parcelas do SAC — ainda que elas diminuam depois —, o banco pode apenas oferecer a Price como amortização.
Veículo
No caso da compra de um veículo, a Price também costuma ser vista como mais atrativa, até porque esse financiamento não durante tanto quanto um imóvel.
Se o mutuário puder escolher, o SAC é mais vantajoso.
Mesmo com a variação no valor das parcelas, o total pago nessa forma de pagamento é menor do que na modalidade com prestações fixas.
Essa diferença de preço não acontece porque a Tabela Price tem encargos mais caros.
Na verdade, trata-se de uma questão metodológica.
Quando o comprador paga mais no início, naturalmente ele consegue pagar menos depois.
Para quem opta por esse financiamento, as parcelas mais baixas do final são como recompensa e podem vir para aliviar o orçamento.
Contudo, o consumidor não pode olhar apenas para o valor das parcelas, nem para o quanto irá pagar logo no início.
Especialistas recomendam que o Custo Efetivo Total (CET) seja levado em consideração, na hora de comparar os créditos imobiliários.
Importância de avaliar o CET
Todas as instituições bancárias devem fornecer o CET para os clientes, em todos os tipos de operações financeiras.
Essa é uma exigência feita pelo Banco Central.
Apesar disso, há que deixe esse dado passar batido e só leve em consideração o tipo de parcela da amortização, seja ela fixa ou variável.
O Custo Efetivo Total inclui os juros, encargos e demais taxas cobradas pelo crédito.
Por isso, analisar apenas o quanto de juros é pago mensalmente não é efetivo.
Há diversos tributos e tarifas que podem estar no empréstimo.
Muitas instituições cobram um valor pelo cadastro do cliente, por exemplo.
Mas nem todos sabem porque não se atentam ao CET.
Desse modo, além de avaliar qual amortização é melhor, SAC ou Price, é importante que o mutuário observe os outros encargos cobrados pela operação.
Por se tratar de um dos produtos financeiros mais caros do mercado, o financiamento requer atenção redobrada.