Todos os anos escutamos que é muito importante os idosos tomarem a vacina da gripe. Mas você sabe realmente por quê? Basicamente por causa de um fenômeno chamado imunossenescência, que é a queda das defesas imunológicas ocorrida com avanço da idade, somada a comorbidades como diabetes e pressão alta, entre outras. Estes dois fatores afetam diretamente o sistema imunológico dos idosos, deixando-os mais propensos a adoecer de forma grave em caso de uma infecção de gripe.
“O sistema imunológico nasce imaturo no bebê, por isso, eles recebem mais vacinas até os dois anos de idade. Com o tempo este sistema adquire maturidade, passando a reconhecer o que é estranho e gerando uma resposta imune que reconhece o vírus influenza e traz uma resposta protetora. Com a imunossenescência e as comorbidades, essa resposta pode ficar prejudicada nos idosos”, afirma a gestora médica de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Carolina Barbieri.
A vacina da gripe, por sua vez, age para estimular a produção de anticorpos contra diferentes tipos de vírus influenza e é comprovadamente eficaz para evitar sintomas intensos e diminuir o risco de hospitalizações e mortes de idosos. “Mesmo se o idoso contrair influenza, quando ele toma a vacina os sintomas tendem a ser menos importantes, com menos complicações, menos hospitalizações e menos óbitos, além de gerar menor descompensação das doenças de base”, esclarece a gestora médica.
Vacine-se na unidade de saúde mais próxima
A vacina Influenza está disponível nas unidades básicas de saúde do país para todos acima dos 6 meses de idade. Além dos idosos, são grupos prioritários do imunizante crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes; puérperas e pessoas em situação de rua, entre outros públicos. Além disso, crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez devem tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.
O Ministério da Saúde adiantou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em novembro do ano passado na região Norte e começou nas demais regiões em março deste ano. Mas até o dia 3 de julho tinha alcançado uma cobertura vacinal de apenas 44% da população em geral e 43% de cobertura dos idosos, segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse indicador está bem abaixo da meta do governo, que é de vacinar 90% do público-alvo.
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