A taxa de desemprego caiu 0,6 ponto percentual no trimestre móvel de julho a setembro de 2022. Ficou em 8,7% no período, em comparação com o trimestre de abril a junho, quando foi de 9,3%. Conquanto, em relação ao mesmo período de 2021, a redução é de 3,9 pontos percentuais.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua e foram divulgados hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015, quando o desemprego estava em 8,4%.
Contudo, a população ocupada somou 99,3 milhões de pessoas, um recorde da série iniciada em 2012. A alta na comparação trimestral foi de 1% ou mais um milhão de pessoas. Na comparação anual, a alta é de 6,8% ou mais 6,3 milhões.
Subutilização
O nível da ocupação ficou em 57,2%. A taxa composta de subutilização foi de 20,1%. A contingente subutilizado somou 23,4 milhões de pessoas. Já, o subocupado por insuficiência de horas trabalhadas estava em 6,2 milhões no trimestre encerrado em setembro.
Além disso, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,3% no trimestre, para 36,3 milhões de pessoas. Os sem carteira assinada atingiram o maior nível da série histórica, apesar da estabilidade no trimestre: 13,2 milhões de pessoas. A taxa de informalidade caiu de 40% para 39,4% da população ocupada, com 39,1 milhões de trabalhadores informais.
Rendimento
No entanto, o rendimento real habitual subiu 3,7% na comparação trimestral, indo para R$ 2.737, somando R$ 266,7 bilhões na massa de rendimento.
Os aumentos no trimestre foram observados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Indústria, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Por tipo de ocupação, os empregados com carteira de trabalho assinada tiveram aumento de 2,8% no trimestre, os empregados no setor público 2,3%, e os empregadores estão ganhando 10% a mais. Portanto, as demais categorias não apresentaram variação significativa.