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18 DE DEZEMBRO DE 2014

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Mais de 7 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil

A fome caiu 1,8 ponto percentual entre 2009 a 2013; pessoas nessa situação têm acesso menor aos serviços públicos básicos, como saneamento e água, segundo a PNAD

Por: Lucas Vettorazzo
Da Redação

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alimentoA fome caiu 1,8 ponto percentual no país entre 2009 a 2013 segundo o suplemento sobre segurança alimentar da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado nesta quinta (18) pelo IBGE. Porém, em números absolutos, 2,1 milhões de lares e 7,2 milhões de pessoas ainda encontravam-se em estado de insegurança alimentar grave em 2013.

Além disso, a condição das pessoas que estão nessa situação piorou nos últimos anos no que diz respeito a acesso aos serviços públicos básicos, como saneamento e abastecimento de água. Cresceu o percentual de pessoas que, apesar de não terem comida, possuem bens de consumo como computador com acesso à internet e televisão.

Segundo a pesquisa, o percentual de domicílios brasileiros na chamada “insegurança alimentar grave” caiu de 5% em 2009 para 3,2% em 2013 – queda de 1,8 ponto percentual no período. Dez anos atrás, em 2004, a fatia de lares com pessoas nessa condição era de 6,9%.

Segundo o instituto, estar na chamada “insegurança alimentar grave” é, na prática, passar fome. Estão nessa categoria as pessoas que, nos últimos três meses, tiveram que reduzir a quantidade de comida oferecida às crianças ou que têm pelo menos um integrante do domicílio que passou um dia inteiro sem se alimentar por falta de dinheiro.

A pesquisa visitou 65,2 milhões domicílios e os entrevistados responderam se tiveram problemas de acesso à comida nos últimos três meses. A data de referência da pesquisa, que visitou lares nas cinco regiões do país, é 28 de setembro de 2013.

O instituto investigou quatro situações: segurança alimentar, que é quando os integrantes de determinado domicílio tem acesso regular e permanente a alimentos sem comprometer acesso a outras necessidades essenciais; insegurança alimentar leve, que é quando há incerteza quanto ao acesso a alimentos no futuro; insegurança moderada, que é quando há ruptura no padrão alimentar resultante da falta de alimentos; e a insegurança grave, que é quando de fato falta alimento no domicílio.

A pesquisa mostrou que aumentou a segurança alimentar no país como um todo, assim como caiu as três situações de insegurança alimentar, indicando redução da fome e também do risco de ela bater à porta dos brasileiros.

A segurança alimentar atingiu, em 2013, 77,4% dos lares pesquisados, alta de 7,6 pontos percentuais em relação ao verificado em 2009. A insegurança leve alcançou 14,8% no ano passado, queda de 3,9 pontos percentuais frente ao registrado quatro anos antes. Já a insegurança moderada esteve em 4,6% em 2013, queda de 1,9 pontos.

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