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Saúde e Política

14 DE JANEIRO DE 2020

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Hospital Guilherme Álvaro pede socorro

O vereador Antônio Carlos Banha Joaquim descreveu a situação vívida pelo Hospital Guilherme Álvaro atualemte

Por: Da Redação

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Tal qual um paciente em estado crítico, com quadro de risco de morte, está o Hospital Estadual Guilherme Álvaro (HGA). Há anos, este que é um dos principais hospitais da região, mantido e gerido pela Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo, está sucateado, com salas em mau estado de conservação, equipamentos quebrados e sem medicamentos para pacientes em tratamento de doenças graves como o câncer, por exemplo. O HGA pede socorro!

Dedicamos o nosso mandato à população que necessita de atendimento do HGA, cobrando, há anos, melhorias estruturais, aquisição de equipamentos e regularidade nos tratamentos dispensados aos pacientes que vêm de toda a Baixada Santista e Vale do Ribeira para serem atendidos no hospital, por meio de requerimentos e representações junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo. O HGA recebe pacientes de 29 municípios.

Em 2019, a situação piorou ainda mais no HGA. As pessoas esperaram cerca de 7 horas para serem atendidas, cadeirantes e idosos com mobilidade reduzida sendo transportados pela escada, literalmente no “braço”, porque o elevador quebrou. E, neste início de ano, ocorreu o que eu mais temia, o fechamento da UTI Pediátrica por falta de equipe médica suficiente.

Secretário Estadual

Em entrevista ao Jornal A Tribuna na edição de domingo último (12), o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, falou que o Estado destinará R$ 300 milhões para a Baixada Santista neste ano, sendo R$ 100 milhões para a saúde, estando o Hospital Guilherme Álvaro contemplado neste pacote. Além disso, ele falou que o projeto é tornar o HGA uma referência em tratamento cardiovascular. Tratamento este que já é referência no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, e no Hospital Santo Amaro, em Guarujá. O Hospital dos Estivadores, em Santos, iniciou o atendimento de cardiovascular em dezembro. É bem verdade que as vagas para tratamento cardiovascular são poucas na região, mas o secretário desconhece as condições críticas em que se encontra o HGA? O secretário desconhece que a unidade hospitalar necessita de investimentos urgentes em diversos setores, incluindo a reabertura da UTI Pediátrica?

Nosso gabinete foi o primeiro a reivindicar a abertura da UTI Pediátrica no Hospital Guilherme Álvaro. Cobramos o Governo do Estado para que a ala se tornasse uma realidade, pois tratava-se de um serviço urgente, considerando o déficit de leitos de UTI para crianças na região.

Histórico

Em 2014, apresentamos requerimento na Câmara Municipal acionando o Executivo para que determinasse à Vigilância Sanitária fiscalizar, com urgência, a Sala de Estomaterapia do HGA, pois a mesma apresentava deplorável estado de conservação, com mofo e goteiras. A Estomaterapia recebe pacientes com feridas abertas correndo risco iminente de contaminação. Ainda neste requerimento solicitamos que o problema foi denunciado ao Ministério Público Estadual.

Em 2016, foi anunciada a reforma do pronto-socorro do HGA, com um custo estimado em R$ 30 milhões e prazo mínimo de três anos para a conclusão das obras. Na época, questionamos, por meio de requerimento, se havia um planejamento para o atendimento dos pacientes, se os demais hospitais da região estavam preparados para receber essa demanda de pessoas, qual a ordem cronológica de paralisação dos setores do pronto-socorro e como ficaria o atendimento das pessoas com consultas, procedimentos e exames agendados.

Por outro lado, Em 2017, apresentamos requerimento solicitando informações ao Governo do Estado de São Paulo sobre o conserto da máquina onde se faz o cateterismo cardíaco. O equipamento estava parado há vários meses e a fila de pacientes que necessitavam com urgência do procedimento era imensa.

O histórico de deficiências e precariedade do Hospital Estadual Guilherme Álvaro vem de longa data e nós não podemos fechar os nossos olhos e cruzar os braços. Há vidas que dependem desse hospital e a saúde não espera.

O Governo do Estado de São Paulo deveria destinar ao Hospital Guilherme Álvaro o mesmo investimento que faz no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pois foi criado e planejado para ser como tal.

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