Trecho de acesso às balsas ganhará faixas de rolamento na Ponta da Praia | Boqnews
Foto: Susan Hortas-PMS-Divulgação

Audiência pública

24 DE ABRIL DE 2019

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Trecho de acesso às balsas ganhará faixas de rolamento na Ponta da Praia

Moradores questionaram as mudanças que ocorrerão em razão das obras já iniciadas na Ponta da Praia, com base na audiência pública realizada na terça (23).

Por: Beatriz Viana - Colaboradora
Da Redação

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A audiência pública para discutir soluções sobre o novo sistema viário e as obras realizadas na Ponta da Praia, ocorrida na noite de terça (23), deixou os ânimos exaltados dos moradores.

Promovido por duas comissões de vereadores e presidido por Sadao Nakai (PSDB), o encontro ocorreu no Clube de Regatas Vasco da Gama e recebeu moradores do bairro e autoridades.

Marcada por fortes questionamentos e inseguranças por parte da população, a audiência revelou um pouco do parecer público sobre o projeto.

O gestor do projeto Glaucus Farinello apresentou mapas e projeções para o programa, esclarecendo  dúvidas pontuais.

Segundo o gestor, as principais propostas do projeto são melhorias no turismo e economia da cidade.

Para o turismo, propôs mudanças como aumento do espaço de calçadão próximo à linha d’água, quatro novos quiosques.

E ainda: duas novas rampas náuticas e construção da ciclovia junto à beira-mar, que se estende até o Ferry Boat.

Glaucus também afirmou que haverá relocação e aumento de árvores, totalizando 457 delas pelo calçadão a partir do Canal 6.

Para a economia, segundo ele, as principais ideias reorganizam o acesso portuário.

O aumento da área destinada à Dersa para embarque de veículos (sentido José Menino-Ponta da Praia), com acréscimo de três faixas de rolamento a partir do canal 7, promete concentrar o acesso às balsas pela praia.

Ao todo, serão sete faixas de rolamento para reorganizar o acesso às balsas e cidade.

Assim, o canteiro central – onde hoje está a ciclovia – será reduzido.

Cinco no sentido José Menino – Ponta da Praia.

Já no sentido oposto serão duas faixas de rolamento que serão deslocadas para junto do alinhamento predial.

A ciclovia, por sua vez, será adequada junto ao calçadão à beira-mar.

Entre os canais 6 e 7 permanecerão duas faixas de ida e volta.

 

Obras

A reforma também criará faixas de estacionamento em bolsões posicionados no deck de pescadores e na Ponte Edgard Perdigão.

Para liberar o trânsito no trecho atual do Mercado de Peixe, o projeto também pretende aumentar a praça Almirante Gago Coutinho e revitalizar a região.

Isso inclui a edificação de um novo Centro de Convenções, que substituirá o Mendes Convention Center.

O novo empreendimento deixará de ser da iniciativa privada e será entregue ao Poder Público como forma de contrapartida à construção de um amplo empreendimento imobiliário no bairro.

Ao todo, serão 1.120 apartamentos, em torres edificadas na região dos clubes (nos fundos do Vasco e Saldanha da Gama e em toda a extensão do antigo Regatas Santista).

 

Relação harmônica

A ideia é “garantir uma relação mais harmônica entre porto e cidade”, afirma Farinello.

O gestor afirma que este projeto aumentará em 100% a capacidade de veículos no bolsão interno, melhorando o fluxo de veículos e facilitando o trânsito na região.

A obra terá a extensão de aproximadamente dois quilômetros, afetando quatro trechos da Ponta da Praia.

 

Questionamentos de munícipes não faltaram na audiência pública realizada no clube Vasco da Gama, na Ponta da Praia. Foto: Marcelo Martins-Divulgação-PMS

Prós e contras

Na abertura para perguntas à plateia, a população se posicionou majoritariamente contra o projeto de revitalização da Ponta da Praia.

Um dos principais questionamentos foi relacionado a questão das vagas de estacionamento.

Isso porque muitos dos moradores do bairro estacionam pela Avenida Almirante Saldanha da Gama.

Em resposta, os técnicos afirmaram que 20% das atuais vagas serão reprimidas. (cerca de 50).

Outra dúvida foi em relação à melhoria do trânsito.

Afinal, muitos dos presentes consideraram uma falácia pela questão do aumento de faixas de rolamento e fluxo de veículos.

Questões como a existência de faixas únicas para motos e ônibus também foram criticadas pela população.

Coordenador da audiência, o vereador Sadao Nakai (PSDB) criticou a falta de detalhamentos sobre as mudanças.

“Também ficaram dúvidas sobre o bolsão de fila para travessia e contorno para retorno a outra pista. As respostas para as reclamações de falta de informações técnicas não convenceram”.

O diretor-presidente da CET de Santos, Rogério Vilani, que também compunha a mesa, afirmou que todas essas questões foram devidamente consideradas e estudadas na fase de planejamento do projeto.

Assim, outras reclamações vieram à tona.

Como os impactos dessas intervenções para o acesso dos moradores, os gastos para execução do projeto e seus efeitos ambientais.

Os moradores também questionaram a falta de análise da opinião pública.

Eles pediram à comissão pela criação de um plebiscito para aprovação do projeto.

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