Monumento exalta a cultura indígena no Novo Quebra-Mar de Santos | Boqnews
Foto: Divulgação/PMS

Turismo

18 DE DEZEMBRO DE 2025

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Monumento exalta a cultura indígena no Novo Quebra-Mar de Santos

Disposição das pedras indica direções e momentos do tempo e do céu

Por: Da Redação

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Quem visitou o Novo Quebra-Mar, em Santos, durante os últimos meses, pode ter se deparado com uma estrutura circular feita de pedras, localizada próxima ao heliponto.

Sendo assim, a instalação, inaugurada oficialmente na quarta-feira (17), é o observatório Caminho do Céu, que marca a criação de um ponto de cultura indígena e ambiental no equipamento turístico.

Desse modo, idealizado pelo multiartista Jandé Potyguara em parceria com o Instituto EcoFaxina e a produtora cultural Estela Vajda, com apoio da Prefeitura, o observatório recria o conhecimento ancestral dos povos originários. A disposição das pedras no chão indica direções e momentos do tempo e do céu.

Para além da espiritualidade, observar as estrelas tem também funções práticas para os povos ancestrais. O céu orienta na definição de épocas de plantio, colheita e caça, além de servir de guia nas trilhas percorridas.

“É uma tecnologia ancestral que faz a gente observar o tempo, o solstício de verão, a época de plantação, de pesca, das nossas movimentações pelo mundo. A gente observa o caminho das estrelas e criamos as nossas rotas, é onde a gente vê os pássaros, onde a gente vê o mar crescer ou diminuir, onde o sol nasce e se põe, então é um instrumento muito importante”, afirma Jandé.

Representatividade

Presente para participar de uma roda de conversa, o cacique Awa Tenodegua, da aldeia Tapirema, destaca a importância de monumentos que trazem à tona a cultura indígena. “É sempre bom a gente estar trazendo a nossa visão, a nossa fala, a nossa cultura para uma cidade tão importante para o litoral”.

Uma das organizadoras do evento, Estela Vajda conta que o objetivo é que ações do tipo se repitam ao longo do tempo. “A nossa ideia é que o observatório possa gerar outros movimentos culturais, então esse é o começo para que possa haver eventos o ano inteiro, para que os povos indígenas possam falar e a gente possa escutar”.

Mesmo com a chuva que caiu durante a manhã e começo da tarde, a programação gratuita seguiu o seu curso, realizada na cobertura da pista de skate.

Sendo assim, as atividades incluíram roda de conversa, além de manifestações culturais indígenas, com o coral Mensageiros de Tekoá Paranapuã, grafismo de Mimby Tupi, dança ancestral contemporânea de Jandé Potyguara e música de Wescritor.

Além disso, o dia ainda incluiu a 206ª ação voluntária do Instituto Ecofaxina, que promoveu mutirão de limpeza no entorno. “A integração reforça a urgência de restaurarmos nossa relação com a natureza, unindo o cuidado com o território ao respeito pelos ciclos da vida. Já no plano cultural e social, o evento amplia o diálogo entre povos indígenas, sociedade civil e poder público, fortalecendo laços de cooperação, inclusão e reconhecimento da diversidade que compõem nossa identidade litorânea”, afirma o presidente do instituto, William Schepis.

 

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