Setor de turismo é um dos mais afetados pela pandemia | Boqnews
Foto: Pixabay impacto da pandemia no turismo

Turismo

29 DE MARÇO DE 2020

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Setor de turismo é um dos mais afetados pela pandemia

Agências de turismo já planejam volta de atividades para o segundo semestre. Hotelaria deixa de ganhar milhões

Por: Da Redação

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A pandemia do novo coronavírus fez a maior parte do mundo parar.

A medida, que visa conter a proliferação do vírus, provoca consequências em diversos setores, incluindo o do turismo, que promove o fluxo e deslocamento de pessoas.

Apesar da paralisação total ser recente – na região, os hotéis fecharam definitivamente as portas desde o último domingo (21) –, o que impede de determinar o prejuízo total, os efeitos já são sentidos por agências de Santos e região.

Como o segmento envolve agência de turismo, empresas de transporte, hotéis e pousadas, além de outros serviços indiretamente, a limitação foi total.

A agente de viagens Suzana Andrade, proprietária da Curta Viagens, explicou que tinha saídas marcadas para todos os finais de semana, mas já prevê uma retomada somente a partir de agosto.

“Acredito que até junho ainda estaremos passando por isso ou com reflexos dessa crise”, comenta.

Somente na agência de Suzana, mais de 20 viagens foram canceladas ou transferidas – houve campanha para reagendamentos, muito bem aceita pelos clientes.

O número é semelhante ao programado pela Rina Tur, que atua no segmento de eventos.

Segundo Rinaldo Bastos, 30 eventos agendados tiveram que ser interrompidos. Dessa forma, o futuro ainda é incerto, pois o turismo “depende de outras empresas para todos os trabalhos”, destaca.

Recuperação

Mesmo sem previsão para a retomada das atividades, os donos de agências não param e se planejam para o segundo semestre deste ano.

Para Josy Nascimento, proprietária da agência Águia Turismo, uma ideia é apostar em promoções e facilidades para o cliente.

“Nosso planejamento para o segundo semestre será a retomada com força total em promoções e descontos para pagamentos diferenciados”, destaca, citando desconto de 10% em pagamentos à vista.

Além disso, Josy planeja divulgar os pacotes para fim de ano logo no início de agosto, para que o viajante possa antecipar parcelas.

“Dessa maneira, facilita para o cliente e a agência ganha fôlego na parte financeira”, projeta.

Suzana destaca que todos os passeios transferidos na Curta Viagens terão os valores mantidos para evitar prejuízos aos clientes.

Outro ponto destacado pela agente é a união de empresas do ramo para a realização de parcerias na retomada dos passeios.

Hotelaria

Enquanto as agências enfrentam o clima de incerteza, o ramo da hotelaria na região apresenta números que mostram uma dimensão mais concreta.

De acordo com o SinHoRes (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) de Santos, em 15 dias o ramo hoteleiro da Baixada Santista deixará de movimentar R$ 66 milhões. Este número poderá chegar a R$ 132 milhões em um mês.

A expectativa de movimento para a temporada de verão, que terminou na última semana, era de 85%.

“O turismo perde muito com a pandemia, as cidades estão com barreiras em suas fronteiras, e para passarmos por este momento os nossos governantes precisam agir o mais rápido possível, antes que o prejuízo seja irreparável!”, enfatiza o presidente do SinHoRes, Heitor Gonzalez.

Segundo Gonzalez, a estimativa é de até 25 mil pessoas desempregadas caso não haja pacote de benefícios para a categoria por parte do governo – 28 mil se acrescentar a região do Vale do Ribeira.

Além disso, o sindicato aponta um prejuízo ainda maior ao incluir restaurantes, bares e similares da região – 300 mil colaboradores que podem perder empregos.

Medidas

Visando minimizar o impacto, a entidade firmou acordo com o sindicato de trabalhadores, que prevê medidas como férias individuais e coletivas sem necessidade de aviso prévio; postergar o pagamento de um terço das férias apenas para o seu vencimento; implementar o esquema de jornada de trabalho 12×36 – sem a necessidade de cumprir com a contrapartida prevista em lei; além de ajustar, por meio do acordo coletivo, os intervalos de intrajornada de até quatro horas.

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