De causa desconhecida, Alzheimer é maior responsável por casos de demência | Boqnews
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21 DE SETEMBRO DE 2019

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De causa desconhecida, Alzheimer é maior responsável por casos de demência

Ligada ao envelhecimento, doença afeta a memória e compromete significativamente as atividades cotidianas do indivíduo

Por: Da Redação

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Todo indivíduo está sujeito a lapsos de memória recente.

Entretanto, quando a condição se torna frequente, acompanhada da repetição de um pensamento ou pergunta, dificuldade em acompanhar conversas, especialmente acima dos 60 anos, isso pode indicar um quadro de Alzheimer.

A doença apresenta outros sintomas. Incapacidade para resolver problemas, irritabilidade, desorientação em locais conhecidos e, ainda, dificuldade para expressar-se verbalmente também são indícios.

Apesar de ser comum, as causas para este transtorno neurodegenerativo ainda são desconhecidas.

Andréa Anacleto, professora de Neurologia do curso de Medicina na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), explica que a doença pode ser geneticamente determinada.

Inicialmente, ocorre uma alteração no processamento de proteínas do sistema nervoso central. Dessa forma, gerando proteínas tóxicas nos neurônios em regiões do cérebro responsáveis por funções como memória, linguagem e raciocínio.

Os principais sintomas do Alzheimer, de acordo com a especialista, podem ser confundidos com outros problemas como diabetes, hidrocefalia e depressão.

Além disso, estresse, depressão e restrições de sono também alteram a memória do indivíduo.

O diagnóstico é feito por exclusão e por meio de levantamento completo de histórico familiar e pessoal. Já o tratamento é medicamentoso, a fim de minimizar os sintomas.

Entre os fatores de risco, estão a idade, histórico familiar e até a escolaridade – quanto maior for, maiores serão as conexões nervosas criadas, dificultando o surgimento de demência.

Estágios

O quadro clínico, conforme explica a neurologista, costuma ser dividido em quatro estágios:

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
  • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
  • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Além disso, de acordo com a Associação Americana de Alzheimer, a doença afeta mais mulheres do que homens.

O risco de uma mulher ser portadora da doença aos 65 anos é de 1 em 6. Já os homens tem 1 chance em 11 pessoas na mesma faixa etária.

Em casos raros, segundo Andréa, o indivíduo pode ter a doença após os 35 anos. Nesse caso, é o Alzheimer Precoce, com causas genéticas e hereditárias.

Prevenir

Assim, a neurologista pontua um estilo de vida saudável, com frequentes estímulos para a mente – ler, estudar e pensar – como fatores para atrasar ou inibir a manifestação da doença.

A perda dos neurônios é gradual. Quando atinge um estágio crítico surge a demência do Alzheimer – quadro que pode levar 10 anos para apresentar sintomas.

Segundo o psiquiatra Eduardo Calmon, coordenador do internato de Psiquiatria da Unimes, o paciente pode passar a negligenciar o próprio bem-estar, deixando de se alimentar e beber água ou, ainda, esquecendo o gás do fogão ligado, por exemplo.

O especialista explica que no tratamento, o médico psiquiatra deve cuidar das questões comportamentais, visando diminuir ou cessar sintomas como alucinações, delírios e cuidar do sono do paciente.

Calmon destaca a importância de atentar-se também à saúde do cuidador, especialmente em caso de familiares, pois ver um ente perder a autonomia pode ser desgastante.

“O tratamento interdisciplinar (médicos, psicólogo, terapeuta ocupacional, etc) não só é fundamental para o portador da Demência de Alzheimer, mas também faz-se necessário um sistema de apoio ao cuidador”, salienta o profissional.

Conscientização

Neste sábado (21), é celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. Com isso, há programação especial para a data em Santos.

No sábado, o evento “Memória: a guardiã da nossa história” será realizado na Universidade Federal de São Paulo (Rua Carvalho de Mendonça, 144).

Organizado pela Associação Brasileira de Alzheimer – Regional São Paulo (ABRAz), o evento promove discussões a fim de reduzir o estigma em torno da doença e do cuidador, além de oferecer informações e apoio a quem lida com o portador da doença.

Será das 8h30 às 17h15.

Na parte da manhã, programação é voltada aos profissionais da área da saúde e à tarde, aos cuidadores.

Posteriormente, no domingo (22), haverá a 1ª Caminhada de Conscientização da Doença de Alzheimer na Baixada Santista.

A concentração, marcada para as 8h, será na Praça das Bandeiras (orla do Gonzaga).

O trajeto será feito pela avenida da praia até o Canal 4, em frente à Basílica Santo Antônio do Embaré. No local, haverá haverá apresentação do Instituto Andaluz Casal Flamenco.

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