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Foto: Divulgação Santa Casa de Santos

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28 DE ABRIL DE 2024

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Cirurgias robóticas são novidades na saúde e indicam benefícios aos pacientes

Médico Matheus Miranda destacou o Centro Robótico da Santa Casa de Santos, único em funcionamento na Baixada Santista

Por: Da Redação

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As cirurgias robóticas são procedimentos minimamente invasivos, onde braços robotizados fazem pequenas incisões nos pacientes e com precisão, operam com instrumentos acompanhados de uma câmera.

Segundo o médico urologista, Matheus Miranda Paiva, a cirurgia robótica trouxe muita delicadeza, precisão e alta performance. Ele participou do programa Jornal Enfoque da última segunda (22).

Paiva abordou como ocorre uma cirurgia robótica de próstata. “As cirurgias tradicionais realizadas no passado ofereciam riscos de sangramento, lesão das estruturas em volta da próstata nos nervos responsáveis pela potência e continência, o que hoje pode ser evitado”.

“Com a tecnologia aprimoramos os métodos”, destaca, ressaltando que o robô nada mais é do que a nossa conexão com os braços robóticos no trato com o paciente. “O cirurgião coloca sensores em suas mãos, coloca a cabeça dentro de um console e se tem a sensação de que somos uma formiga dentro na barriga do paciente. Os movimentos são de alta precisão, com filtro de tremor, de movimento, de delay e o cirurgião se torna muito mais delicado”, revela.

O impacto é grande. Ele cita que possui mãos com 28 centímetros de palmo e que o porta uma agulha do robô apenas 3 milimetros. Isso acaba minimizando muito o risco de ocorência de danos cirúrgicos, evitando principalmente sangramentos. “Nossa visão aumenta de 10 a 40 vezes e assim conseguimos preservar nervos, vasos sanguíneos na remoção da próstata. Mesmo eventualmente casos de tumores avançados avançado é possível retirá-lo completamente, não restando células neoplásicas naquele paciente”, afirma o médico.

 

Paciente

Paiva também ressalta que todos temos medo de sentir dor quando é oferecida uma cirurgia aberta, especialmente a incisão e a demora para cicatrizão do corte. Ele afirma que o novo método é relizado por meio de pequenos furos, de 7 a 8 mm, sem necessidade de transfusão sanguínea e de permanência no hospital por longos períodos. “O paciente pode ir para casa no outro dia”, ressalta, afirmando que muitos por vezes não têm a dimensão do trabalho cirúrgico realizado. “Grandes tumores são estripados, cirurgias de alta complexidade são realizadas e, às vezes, o paciente se sente tão bem que no dia seguinte quer fazer atividade física”, brinca.

O médico revela que a eficácia com o uso do equipamento é próxima de 100%. No caso da cirurgia da próstata, que é a mais frequente, o controle urinário, de 3 meses, chega a cerca de 95%.

Antes, um paciente que operava a próstata poderia ficar com incontinência urinária. “Como a doença da próstata vem a partir dos 60, 65 anos tem grau das pessoas nessa idade com uma certa impotência sexual, hoje percebe-se que cerca de 70% desses pacientes que eram potentes permanecem sem alteração, o que é muito bom”, sustenta

Sobre os casos de próstatas com tumores benignos, a cirurgia com robô só ocorre a partir do volume entre 80 a 100 g. Para as cirurgias menores existem técnicas mais simples, a resignação da próstata, RTU, outras técnicas mais modernas. A partir de 80 a 100 g, é possível remover pelo robô, tirando por dentro da bexiga, para ficar longe de nervos e estruturas nobres, removendo o adenoma da próstata, uma cirurgia bem simples com recuperação rápida.

Exames

Em relação a idade em que o exame de próstata deve ocorrer, Paiva cita que o Ministério da Saúde recomenda o toque retal e a medição do PSA a partir dos 50 anos. Pessoas com histórico familiar, geralmente herança relacionada ao pai, deve realizar exames aos 40 anos, ou 10 anos antes da ocorrência em seu pai.

Por exemplo, se o pai teve com 55, deve procurar com 45. Em geral, uns 10 anos antes da população comum, assim como negros devem procurar 10 anos antes pois tem risco aumentado para o câncer de próstata.

As pessoas que fazem apenas o PSA e acreditam que esteja com a saúde em dia, na verdade correm riscos. “Nossos colegas médicos americanos, há alguns anos, haviam afirmado que o toque não fazia diferença, isso confundiu muita gente. Agora percebemos que depois disso a incidência de câncer de próstata avançado aumentou muito nos Estados Unidos. Isso mostra que a prevenção e o diagnóstico precoce é o melhor caminho”, recomenda.

 

Onde procurar?

Paiva afirma que uma parte dessa cirurgia possui pagamento pelos planos de saúde. Eles cobrem o que seria gasto em uma cirurgia videolaparoscopia por exemplo, como a internação, alimentação do paciente, materiais, aspiradores e coberta.

O paciente paga apenas uma taxa do que é exclusivamente robótico. Hospitais não cobram aluguel do uso da máquina, mas cobram material que é descartável. Além disso, vale lembrar que a Santa Casa de Santos é o único hospital da região da Baixada Santista que possui um Centro Robótico e equipe qualificada para a realização de procedimentos utilizando a tecnologia cirúrgica mais avançado do mundo.

 

Outras cirurgias

Sobre a possibilidade de fazer outras cirurgias robóticas, ele comenta que o equipamento é muito democrático e todo local onde exista uma cavidade é possível utilizá-lo. Por exemplo, a própria cabeça e pescoço podem ter operação, a cavidade torácica, cirurgias do pulmão, tumores do tórax, cardíaca, abdômen, estômago, pâncreas e intestino também.

“As cirurgias urológicas que são rins, próstata, bexiga, útero e ovários (no caso da ginecologista), tudo isso pode ser operado. Necessitamos mais do robô nas cavidades menores como a pelve masculina, que é super estreita e, por isso, precisa do uso dessa tecnologia.

No caso de um tumor renal, localizado dentro do órgão e, por isso, de difícil detecção, o uso do robô é fundamental. “Utilizamos o ultrassom para localizar o tumor, para definir o local exato da intervenção para fazer sua remoção e reconstrução. “É curioso que após seis meses da realização da cirurgia, fica difícil identificar o local onde ocorreu a intervenção pela delicadeza do manuseio. O robô se tornou um grande aliado da medicina nos dias atuais”. destaca

 

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