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14 DE OUTUBRO DE 2021

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É possível conviver com a dor e manter a qualidade de vida, explica médica

Médica anestesista e especializada em dor, Amélie Falconi, traz dicas importantes para lidar com as dores que afetam o corpo humano.

Por: Da Redação

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Foi por meio de uma situação particular de doença terminal de sua avó, que a então médica residente Amélie Falconi viu a importância de estudar com atenção os impactos da dor.

E assim, a profissional, hoje médica anestesista em Minas Gerais, resolveu a aprofundar sobre uma tema em que boa parte da população enfrenta.

Não bastasse, dos mais variados tipos.

Além disso, em vários locais do corpo.

“É possível dar conforto e dignidade ao paciente que enfrenta dores. Pode-se dar qualidade de vida e dignidade para qualquer tipo de dor que um paciente tem”, explica a profissional.

Ela participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias desta quarta (13).

Além disso, ela falou sobre os mais variados assuntos relacionados às dores do corpo – e da alma.

Covid-19

Formada na Universidade Federal de Juiz de Fora e professora de pós-graduação do Instituto da Dor do Hospital Albert Einstein, a profissional explicou o crescimento o número de casos de pacientes com queixas de dores diversas decorrentes da Covid-19.

Além disso,  a relação que muitos tiveram mesmo sem se infectarem, em razão do trabalho home-office ou interrupção de tratamentos.

“Pacientes que já tinham dor crônica, passaram a ter a mais dores decorrentes da Covid”, explica.

“E mesmo aqueles que não tinham dor crônica nem foram atingidos pela Covid, também tiveram o quadro alterado”, acrescenta.

Ou seja,: falta de atividades físicas e afastamento de tratamentos, como fisioterapêuticos.

“A Covid foi um prato cheio para aumentar o total de pacientes com dores crônicas”, acrescenta a profissional.

Diariamente, ela atende pacientes  em seu consultório com sequelas da doença.

Além disso, mesmo aqueles que não tiveram a Covid.

“O fato de muitos terem ficado em casa, acabaram deixando os tratamentos de lado. E assim, o quadro se agravou e, como consequência, as dores”, salienta.

Assim, as dores crônicas decorrentes da Covid-19, segundo ela, são as neuropatias, dores articulares, de cabeça e musculares.

Piores dores

Por sua vez, a profissional também explicou sobre a tolerância à dor, que é  individual.

Algumas, porém, são  piores, como a neuralgia do trigêmeo  e cálculo renal.

Não bastasse, ela também abordou sobre as dores psicológicas, raras.

“A raiva e angústia amplificam a dor, mas dificilmente elas serão dores psicológicas”, salienta.

Alimentação

Além disso, Amélie Falconi também ressaltou a importância da alimentação de qualidade para aliviar as dores.

Assim, como a atividade física.

“Alguns alimentos deflagram o quadro de dor mais intenso, especialmente como endometriose e artrose”, salienta.

Portanto, ela sugere o acompanhamento não só físico como nutricional para melhoria da qualidade de vida das pessoas que sofrem com dores crônicas.

Além disso, tal fato está mais ligado ao estilo de vida do que a idade.

Aliás, as dores que surgem na terceira idade são fruto de anos e décadas de estilo de vida com problemas.

“Não adianta ter o melhor carro e o melhor mecânico se não colocar a melhor gasolina”, compara.

Acupuntura

Amélie Falconi também abordou sobre as vantagens da acupuntura, uma das mais estudadas no controle da dor.

“Ela ajuda na ansiedade e depressão e a regular o sono”, acrescenta.

Aliada à alimentação adequada, a acupuntura traz diversos benefícios aos pacientes.

A profissional também falou do uso do canabidiol para fins terapêuticos, onde ela salientou que cada medicamento deve ser adequado e adotado de forma individual.

E que o paciente deve ficar atento à origem do laboratório fornecedor do medicamento.

A médica também falou sobre o uso de opióides – onde o Brasil está na lista dos 10 piores países em relação ao uso desta droga para minimizar a dor e o sofrimento dos pacientes – entre outros assuntos.

Confira a entrevista completa

O Escafandro e a Borboleta

Para entender melhor a questão, a profissional sugere o filme/livro O Escafandro e a Borboleta, que mostra exatamente a situação da limitação de uma pessoa.

Dessa forma,  obra mostra a história real de Jean-Dominique Bauby, editor da revista ELLE que, aos 43 anos, sofreu um derrame que paralisou todo seu corpo, com exceção do seu olho esquerdo.

Preso em um corpo sem movimento, mas completamente lúcido, ele se adapta para contar esta jornada.

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