Qualquer alimento produzido e embalado industrialmente deve conter informações sobre valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, trans, saturadas, fibra alimentar e sódio, mas muitos consumidores têm dúvidas de como interpretar os números da embalagem. A dieta balanceada recomendada pela Organização Mundial da Saúde, (OMS) é de 2 mil calorias para as mulheres e homens que estejam com o peso normal. É neste momento que começa a importância das informações constantes na tabela, porque assim é possível ter uma base da quantidade de calorias que estão presentes nos alimentos. “Na verdade, poucas pessoas entendem o que está descrito na tabela. Geralmente as informações são lidas por quem está querendo emagrecer, mas muitas vezes quem lê só vê a quantidade de calorias e acaba entendendo errado o que está na tabela”, afirma a nutricionista Carla Puglia. De acordo com a nutricionista, as informações são passadas de acordo com uma determinada porção do alimento. “É importante observar os dados da tabela, mas é preciso ensinar as pessoas a lerem e entenderem o que está escrito, para que não se compre um produto pensando que é outro”. Além de não entender direito as informações, existe também a confusão entre os nutrientes que compõem o alimento. “É muito comum as pessoas começarem a ler o rótulo após descobrirem que têm algum problema alimentar” completa. Segundo o relatório anual da ONU, o Brasil é o país que mais consome remédios para emagrecer e um dos vilões da má alimentação é a gordura. Muitas pessoas acima do peso decidem eliminá-la das refeições, mas existe a gordura saudável, indispensável para o bom funcionamento do organismo. O corpo necessita da ingestão de gordura insaturada para manter a temperatura e dar energia aos músculos, mas poucas pessoas sabem que existe o tipo certo de gordura que deve fazer parte de uma boa alimentação. Este tipo de gordura é encontrado nos óleos vegetais e nos peixes. Os tipos de gordura que trazem problemas à saúde são as saturadas e a gordura trans. De acordo com Carla, a gordura trans aparece no processamento industrial dos óleos insaturados que sofrem uma transformação química e atingem a consistência sólida. Os alimentos industrializados e as frituras são os alimentos que contêm maior quantidade desta gordura, tanto na composição como no modo de preparo. A gordura saturada é responsável por aumentar o nível de colesterol ruim, LDL, no corpo e, como conseqüência, os riscos de problemas cardíacos também crescem. No caso da gordura trans, mais conhecida como gordura hidrogenada, não só aumenta o colesterol ruim, o LDL, mas diminui o colesterol bom, o HDL. A batata frita, as bolachas, os salgadinhos, chocolates são ricos em carboidratos e gorduras trans.
21 DE MARÇO DE 2008
Seguindo a tabela
Qualquer alimento produzido e embalado industrialmente deve conter informações sobre valor calórico, carboidratos, proteínas, gorduras totais, trans, saturadas, fibra alimentar e sódio, mas muitos consumidores têm dúvidas de como interpretar os números da embalagem. A dieta balanceada recomendada pela Organização Mundial da Saúde, (OMS) é de 2 mil calorias para as mulheres e homens que […]