Déjà-vu I
Na política, algumas situações são cíclicas.
Em 2006, quando o então governador Geraldo Alckmin decidiu sair candidato à presidência da República, seu vice era o presidente do DEM paulista na ocasião, Claudio Lembo.
Alckmin saiu do Palácio dos Bandeirantes para ser derrotado por Lula.
Déjà-vu II
Desta vez, o vice de Alckmin é também um presidente estadual de partido, no caso o PSB, comandado por Márcio França.
Ele também se prepara para assumir o cargo a partir de abril.
A data é quando Alckmin deverá renunciar para disputar novamente o Palácio do Planalto.

Vice-governador paulista promete sair candidato ao governo do estado, com apoio ou não do PSDB. Declaração de filho de ex-governador Mario Covas, o vereador Mario Covas Neto, que sugeriu o apoio do partido a França provocou abalos sísmicos no partido paulista. Foto: Nando Santos
História diferente I
As semelhanças das situações, porém, param por aí.
Enquanto Lembo encerrou seu mandato em 31 de dezembro de 2006, sendo sucedido pelo tucano José Serra, França tem outros objetivos.
Coloca-se como o pré-candidato do PSB ao governo do Estado para dar continuidade ao trabalho a ser realizado ao longo de oito meses de mandato.
História diferente II
A decisão de França, porém, joga lenha na ainda branda – quase inexistente – pré-campanha eleitoral pelo Governo do Estado.
Afinal, na última semana, o vereador paulistano, Mário Covas Neto, filho do ex-governador já falecido, Mário Covas, declarou que o PSDB deveria apoiar França.
Doido
A declaração irritou a cúpula tucana.
O presidente paulista da agremiação, Pedro Tobias, chegou a chamar Covas de “doido” e que “falava em próprio nome”.
Respeito
França diz que esta é uma decisão que o PSDB precisará tomar.
“Eu gostaria de ter o apoio de todos os partidos, mas se o PSDB tiver candidato, eu vou respeitar. Faz parte do jogo. Agora, eles têm que respeitar a minha candidatura e cada um faz o seu jogo e ver no final quem vai estar no segundo turno”, declarou o vice-governador ao Boqnews.
Ponte viável
As declarações do prefeito de Guarujá, Valter Suman, de que a proposta de construção de uma ponte ligando a área portuária entre Santos e Guarujá (e não na Ponta da Praia, como chegou a ser prometido em maquete pelo então governador José Serra) pode ser mais concreta do que se imagina.
França sinaliza que o Tribunal de Contas tem dado sinais que pode aceitar o aumento do prazo de concessão à Ecovias.
Ela vence em 2024. Mas poderia ser ampliada em troca da construção da ponte.
Contente
Quem se animou com a ideia foi o deputado federal João Paulo Tavares Papa (PSDB) que sempre defendeu este tipo de ligação para atender as crescentes demandas portuárias.
Mata-mato
A Prefeitura quer convencer o Ministério Público a liberar o uso do mata-mato, produto químico trazido ao Brasil em 1974 por uma multinacional.
O objetivo é agilizar o processo de capinação no Município.
No entanto, o uso deste produto em áreas urbanas é proibido em razão do elevado risco à saúde.
Não seria melhor o Poder Público criar frentes de trabalho – inclusive com moradores de rua – para fazer um mutirão de limpeza pelas ruas?
Presente de Natal
Foi no final do ano passado que a Secretaria de Saúde de Santos firmou contrato de locação de 19 salas no luxuoso Tribuna Square, no Centro.
Contrato firmado junto à Taves Empreendimentos Imobiliários.
A empresa é formada por três fortes grupos empresariais da Cidade e seus sócios.
O valor mensal da locação chega a R$ 42 mil, mais os condomínios.
Em cinco anos, serão pagos R$ 2,52 milhões à empresa.
Quem Responde?
Por que,…
ao invés de economizar recursos adaptando próprios municipais, a Prefeitura de Santos aluga imóveis de terceiros para abrigar secretarias?
Frase da semana
“As pessoas tendem a colocar palavras onde faltam ideias.”
Johann Goethe – escritor, cientista e filósofo alemão

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