Novos rumos à Amazônia | Boqnews
Foto: Alan Santos/PR Bolsonaro Onu

Opiniões

30 DE SETEMBRO DE 2019

Novos rumos à Amazônia

Por: Humberto Challoub

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A questão envolvendo a preservação da Amazônia ganhou ainda mais ênfase a partir do discurso do presidente Bolsonaro na abertura a assembleia geral da ONU, por isso merece ser apreciada de forma mais ampla, uma vez que envolvem aspectos que extrapolam a discussão em torno das queimadas criminosas e a inviolabilidade do espaço destinado aos índios daquela região. O momento é propício para debater métodos sustentáveis de exploração das riquezas da floresta e, principalmente, valorizar a participação dos seus habitantes como aliados na preservação ambiental e, principalmente, como parceiros estratégicos na defesa da soberania nacional em territórios que cada vez mais despertam a cobiça estrangeira.

Vítimas no processo de colonização e marginalizados durante décadas pelo total desprezo aos seus valores culturais, os povos indígenas sempre foram subjugados pelo interesse na exploração das riquezas naturais e minerais contidas nas áreas por eles ocupadas, sendo invariavelmente relegados à condição secundária nas prioridades definidas pelo Estado.

Apesar do reconhecimento aos avanços obtidos no trato das questões indígenas a partir da introdução de preceitos constitucionais que garantiram a demarcação de seus territórios, o índio brasileiro ainda não goza dos plenos direitos de cidadania. Daí os conflitos intermitentes gerados pelo desrespeito aos seus valores fundamentais, baseados na possibilidade de sobrevivência em terra fértil.

A negligência no reconhecimento dessas comunidades produziu, ao longo da história de formação da identidade nacional, o ambiente ideal para a ação de oportunistas e à proliferação de entidades estrangeiras interessadas em melhor conhecer as riquezas abrigadas na floresta tropical.

As extradordinárias possibilidades oferecidas pelas regiões nativas ainda intocadas já são por demais conhecidas como significativos mananciais de matérias primas para as indústrias farmacêuticas e mineral.

O debate sobre as questões indígenas mais do que nunca merece ser ampliado e, obrigatoriamente, deve focar propostas que estabeleçam reais e efetivos canais de integração, assegurando a proteção de bens culturais e territoriais de valores inestimáveis.

Diante desse cenário, que tem motivado informações contraditórias e a intromissão de organismos externos, é de se esperar a integração de esforços para o restabelecimento de diretrizes rígidas visando a comunhão dos interesses indígenas às necessidades atuais e futuras do cojunto da sociedade brasileira, sem o que ficaremos à mercê da constante e inoportuna ingerência ingerência internacional.

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