O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro, Gilberto Kassab, e o atual ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, não estão na mesma sintonia.
Principalmente quando o assunto é a privatização do porto de Santos.
Aliás, no ano passado, o PSD de Kassab poderia indicar o vice do então candidato e hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a convite de França.
No final, acabou se aliando a Tarcísio de Freitas, indicando o vice, o ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth.
Durante passagem de França na semana passada em Santos, no litoral paulista, quando formalizou a transferência dos armazéns 4 ao 6 à Prefeitura de Santos, ele respondeu às críticas de Kassab feitas momentos antes na Rádio Bandeirantes na última terça (2).
Dessa forma, na emissora, Kassab falou que França deveria repensar sua posição contra a privatização do Porto de Santos de forma a desenvolver a Baixada Santista, sua região eleitoral.
“O crime está tornando conta no seu entorno (porto de Santos). Precisamos investir muito para levar educação e saúde. São milhares de pessoas vivendo nesta situação”.
Assim, sua posição é a mesma do governador Tarcísio de Freitas, ferrenho defensor da privatização da administração portuária.
“Acredito que o Márcio França quer deixar um legado ao longo de sua carreira para sua região”, salientou.
“Acredito que ele não queira ser entendido como alguém que impediu o desenvolvimento da região (Baixada Santista). Se ele levantar esta bandeira, mostrar o quanto haverá de avanço nesta questão, ele será um grande protagonista”, salientou.
Márcio França
Indagado pelo Boqnews, França salientou da insistência do governo paulista nesta pauta.
Além disso, acrescentou que o ministério investiga a forma como ocorreu a venda do porto de Vitória.
Assim, a privatização ocorreu na gestão do ex-ministro da Infraestrutura e atual governador, Tarcísio de Freitas.
Segundo França, está em apuração para checagem de eventuais suspeitas da forma como ocorreu a compra da empresa, cujos recursos públicos da própria estatal estariam envolvidos na aquisição da então estatal – o que não era permitido no edital.
Aliás, o Porto de Vitória foi o único privatizado na gestão anterior.
Além disso, França destacou que Kassab terá que esperar mais 4 anos (até as próximas eleições nacionais) para colocar em prática a ideia da privatização da administradora portuária.
Ministro Márcio França rebateu as críticas do secretário de Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab. Foto: Divulgação
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