No dia 3 de maio de 2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, foi linchada e morta por moradores do bairro onde morava, Morrinhos IV, em Guarujá, no litoral paulista.
Ela foi vítima de fake news confundida com uma suposta sequestradora de crianças.
O retrato falado ocorrera dois anos antes no Rio de Janeiro e estava nas redes sociais.
E ganhou repercussão em uma página local existente nas redes sociais, que divulgou o retrato falado da sequestradora.
E assim, bastou alguém gritar que ela seria a autora dos crimes, uma multidão começou a agredi-la na rua.
O socorro veio, mas ela não resistiu à violência sofrida dois dias depois.
Dessa forma, Fabiane deixou duas filhas menores.
Até hoje, a família busca por Justiça.
O caso Fabiane ganhou, inclusive, destaque na novela Travessia, da TV Globo, encerrada no último sábado (6).
Recentemente, sua filha mais velha, Yasmim, gravou um sensível depoimento que se transformou em comercial e campanha do Ministério da Saúde lançado em março último. (veja o vídeo).
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No mesmo dia 3 de maio e na mesma cidade do litoral paulista, uma nova tragédia com ingredientes semelhantes ocorreu.
Assim, aos gritos de ‘Pega, Ladrão’, um homem chegou a ser brutalmente agredido ao ser confundido com um ladrão ao pegar uma moto – emprestada pelo proprietário, que confirmou o empréstimo à polícia.
Em vídeos nas redes sociais, três homens o agridem especialmente na cabeça.
A vítima cai na via pública, inconsciente.
Dessa maneira, a tragédia atingiu desta vez um homem, de 49 anos.
Ele teve sua morte encefálica confirmada no Hospital Santo Amaro neste final de semana, dias após a violência praticada em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá.
Ou seja, interrupção de todas de todas as funções cerebrais.
Após a agressão, o homem passou por avaliação neurológica no hospital.
Na situação, constatou-se a gravidade do seu quadro neurológico como consequência do traumatismo craniano decorrente das agressões, realizadas com capacetes e paus.
Houve confirmação da morte cerebral do homem neste domingo (7).
Dessa forma, não existem informações sobre o velório até o fechamento desta reportagem.