O Conselho Deliberativo do Santos aprovou por unanimidade, na noite da última segunda-feira (7), as contas referentes ao ano de 2024.
A reunião aconteceu na Vila Belmiro e marcou o primeiro balanço financeiro da atual gestão do presidente Marcelo Teixeira.
A aprovação seguiu a recomendação do Conselho Fiscal, que analisou os dados contábeis do clube. No entanto, o relatório apresentou um ponto de atenção: o endividamento chegou a 30,9% da receita prevista, ultrapassando o limite de 10% definido pelo estatuto. A receita orçada para 2024 era de R$ 394 milhões.
Apesar do número elevado, parte dessa dívida, que somou R$ 122,1 milhões, inclui valores antecipados pela antiga gestão de Andres Rueda. Esses valores só apareceram no balanço do ano seguinte, por questões contábeis.
Outro fator que influenciou o cenário financeiro foi a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. O clube passou por um período de reconstrução durante o ano e conseguiu retornar à Série A em novembro de 2024.
Demonstrativos financeiros
Mesmo diante das dificuldades, os demonstrativos financeiros mostraram um superávit operacional de R$ 58 milhões. A receita totalizou R$ 459 milhões, enquanto os custos e despesas somaram R$ 401 milhões.
Por outro lado, ao considerar despesas judiciais de R$ 43 milhões, encargos financeiros de R$ 73 milhões, amortizações de R$ 44 milhões e depreciações de R$ 2,5 milhões, o resultado final foi um déficit contábil de R$ 105 milhões.
Além disso, a atual administração informou ter quitado R$ 126 milhões em dívidas herdadas de gestões anteriores. Entre elas estão pendências com ex-jogadores, treinadores e punições impostas pela Fifa, como o transferban.
Atualmente, o passivo circulante do clube – ou seja, dívidas de curto prazo – está em R$ 437 milhões.
Já o passivo não circulante, com vencimento a longo prazo, soma R$ 539 milhões.
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