A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) e a Polícia Federal assinaram um acordo de cooperação técnica para fortalecer o combate aos crimes cibernéticos no estado.
Sendo assim, a iniciativa ampliou a atuação conjunta entre a Superintendência Regional da Polícia Federal e a SSP, por meio da Polícia Civil, com foco na repressão a delitos virtuais, desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias.
“Essa cooperação contra os crimes cibernéticos vai interligar dois sistemas com plataformas digitais dos Estados Unidos, que vão nos permitir ter conhecimento de todo fluxo de informações criminosas que circulam nessas redes”, explicou o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves. “A partir de agora vamos ter mais ferramentas para concluir de forma mais eficiente as investigações desses tipos de crimes”, finalizou.
Com vigência de 60 meses a partir da assinatura, o acordo não prevê investimento financeiro entre as partes e estabelece uma série de ações integradas. Entre elas estão a cooperação operacional, o desenvolvimento de projetos e iniciativas voltadas à capacitação de recursos humanos. Além do compartilhamento de tecnologias, sistemas, dados e informações, com o objetivo de harmonizar processos e ampliar a capacidade de análise e difusão de informações estratégicas.,
Além disso, no prazo de até 30 dias após a celebração do acordo, cada instituição deverá designar formalmente servidores responsáveis por gerenciar a parceria, zelar pelo cumprimento das cláusulas e coordenar, acompanhar, monitorar e supervisionar as ações previstas.
Combate aos crimes cibernéticos
Criada em 2020, a Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) tem ampliado sua atuação de forma contínua. De janeiro a novembro deste ano, foram realizadas 127 operações. Desse modo, com 584 mandados cumpridos e 340 casos solucionados — uma média de quase um caso resolvido por dia.
Na atual gestão, a SSP também implantou o Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad), voltado ao combate a crimes virtuais contra crianças e adolescentes. O núcleo atua para impedir a expansão da violência nas redes sociais e a comercialização de pornografia infantil. Dessa forma, sendo o primeiro do tipo criado no país. Desde o início das atividades, o Noad mantém 792 alvos em monitoramento contínuo, com 336 vítimas salvas e 183 acionamentos de outros estados.
Com o acordo, a expectativa é ampliar a integração entre as forças de segurança e potencializar os resultados no enfrentamento aos crimes cibernéticos. Dessa maneira, especialmente aqueles que atingem populações mais vulneráveis.