Não será surpresa se a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, declarar oficialmente nesta sexta-feira ou neste final de semana que a cidade vive um surto de dengue. Isto só não ocorreu antes, pois o ato depende da necessidade das estatísticas determinarem a real quantidade de pacientes em relação aos habitantes para se oficializar o surto.
Oficialmente, Guarujá tem 600 casos confirmados, muito próximo, portanto, do índice epidêmico, assim como 10 vítimas de dengue hemorrágica, um triste recorde para o município. No entanto, o volume de atendimento nos prontos-socorros e unidades de saúde tem crescido em ritmo alucinante. Antes, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Guarujá, localizada na Rodoviária, atendia há poucas semanas entre 700/800 por dia. Hoje, são 1.400 – quase uma pessoa por minuto. Soma-se ainda a falta de médicos, em razão do estressante trabalho a que são submetidos. Resultado: o caos.
A expectativa é que ao decretar a epidemia por parte da prefeitura de Guarujá, o Governo do Estado envie mais recursos para o combate ao mosquito, assim como a abertura, ainda que parcial, da maternidade Ana Parteira, que seria usada para atendimento a casos de dengue.