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16 DE ABRIL DE 2010

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Espaço a ser ocupado

R$ 21 milhões. Esse foi o investimento que a Prefeitura de Santos realizou com a compra do antigo colégio Marista (antigo colégio Santista), em agosto de 2009.  A  infraestrutura da escola é  considerada  uma das melhores da Cidade: 11.800m2 de área construída, três quadras e quatro andares com mais de 30 salas, além de laboratórios […]

Por: Da Redação

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R$ 21 milhões. Esse foi o investimento que a Prefeitura de Santos realizou com a compra do antigo colégio Marista (antigo colégio Santista), em agosto de 2009. 

A  infraestrutura da escola é  considerada  uma das melhores da Cidade: 11.800m2 de área construída, três quadras e quatro andares com mais de 30 salas, além de laboratórios com equipamentos novos. 

No anúncio da compra, a intenção da prefeitura era ampliar a oferta de vagas no Ensino Fundamental em período integral, instalar um curso técnico na área de petróleo e gás, abrir uma escola de música e transformar o espaço em um local de uso comunitário para a região do Centro, com opções de atividades  educacionais, esportivas, culturais e de lazer. 

No dia 26 de janeiro passado,  a prefeitura inaugurou  no local o Centro de Atividades Integradas – Cais, que atualmente atende alunos de Ensino Fundamental das escolas Avelino de Paz Vieira e José Bonifácio, no contraturno – período em que não estão em aulas regulares. 

Os estudantes do período matutino são levados aos Cais no vespertino e os que estão na escola à tarde vão ao Centro pela manhã.  No local, as crianças têm aulas complementares, como caratê, informática, música, dança, xadrez, dentre outras atividades recreativas.

Atualmente cerca de 200 crianças – que representa 10% da capacidade do local –   são atendidas, mas a responsável pela gestão do espaço, Denise Albino, afirma que até o meio do ano o objetivo é que os restantes das crianças que estudam nas duas escolas sejam atendidas, totalizando aproximadamente mil estudantes. 

“Quando os trabalhos com o Cais começaram, trouxemos apenas algumas crianças para experimentar o projeto. Agora que estamos preparados iremos trazer os demais alunos das duas unidades”, explica. 
Segundo a secretária de Educação de Santos, Suely Maia, as dependências do Avelino e José Bonifácio não têm estrutura para abrigar os alunos durante todo o dia, por isso as dependências do Cais estão sendo utilizadas como apoio – já que a intenção é oferecer aos alunos de Ensino Fundamental do município educação no período integral. “O Cais é usado para as aulas complementares dos alunos dessas duas escolas, ampliando o tempo de permanência dessas crianças”, confirma a secretária .

Ao contrário da intenção da prefeitura no período de assinatura da compra do Marista, o colégio não será utilizado para a abertura de uma nova escola, logo, o número de vagas não será ampliado (pois os alunos atendidos serão apenas o das duas escolas próximas). “A intenção não é utilizar as dependências para uma escola nova em período integral. A ideia é utilizá-la como apoio às outras unidades de ensino daquela região”, afirma. 

A assinatura do contrato de compra entre a instituição e o município rende algumas comparações com outras escolas de Ensino Fundamental integral já construídas em Santos. A Professor João Papa Sobrinho comporta cerca de 500 alunos e teve um investimento aproximado de R$ 5 milhões. Mantendo o raciocínio, o investimento de R$ 21 milhões realizado com a compra do Marista seria o suficiente para construir quatro escolas e atender a  2 mil crianças em período integral. “No Cais conseguiremos atender, no máximo, cerca de mil crianças. Porque, quando falamos em educação integral precisamos de salas extras”, afirma Denise.  

O que funciona

Além de atender os alunos do Fundamental que estão no contraturno das escolas Avelino e José Bonifácio, os laboratórios de química e física do Cais são utilizados pelos alunos do Ensino Médio da escola Técnica Acácio de Paula Leite Sampaio, às quintas e sextas-feiras à noite.

O projeto Guri , montado em parceria com a  Secretaria de Estado da Cultura, desenvolve um trabalho socioeducativo que oferece cursos de iniciação e teoria musical, instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão, e  ocupa cinco salas,atendendo apenas alunos.  “A intenção é abrir também para a comunidade, mas ainda não há previsão para que isso aconteça”, afirma Denise.

O espaço do Cais  também abriga aulas da Universidade Aberta da Terceira Idade da Unifesp às terças e quintas à tarde, além de algumas salas que foram destinadas à Secretaria de Educação de Santos. 
Seis salas são utilizadas para cursos e  atividades profissionais da área. “Queremos transformas o Cais em um Centro de referência em Educação. Os cursos são para  professores e funcionários da rede municipal de ensino”, ressalta Denise.

A infraestrutura que o local dispõe também poderia ser dividida com outras escolas municipais próximas. Como, por exemplo, a escola de educação infantil Maria Helena Roxo, próxima ao Mercado Municipal, que atende cerca de 120 crianças de 4 a 6 anos. Sem área de recreação, elas  passam o dia todo dentro de salas de aulas, repletas de grades nas janelas. 

Esportes

A estrutura do antigo Marista dispõe de ampla área de recreação. Além do ginásio, há um pátio coberto, outro aberto e três quadras, sendo uma aberta. Atualmente, todo esse espaço, abriga apenas algumas aulas de educação física para as crianças que são atendidas no local.  

Segundo a secretária de Educação, Suely Maia, aos finais de semana o local é aberto à comunidade para esportes. Na prática, não é isso que acontece.  As quadras são utilizadas pelo Centro Social Lar Feliz, instituição mantida  pelos Maristas, que realiza um trabalho esportivo com  jovens e adultos, cadastrados, que residem na região dos cortiços.  

Segundo a secretaria de Esportes não há projetos definidos sobre a utilização do espaço esportivo da instituição. A intenção é desenvolver escolas esportivas durante a semana. Porém, não há nada concreto sobre o assunto.

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