O projétil que atingiu o garoto Ryan de 4 anos na noite da última terça-feira (5) no Morro São Bento, em Santos, partiu provavelmente de uma arma de um policial militar, afirmou o coronel Emerson Massera, chefe da Comunicação Social da Polícia Militar durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (6).
Inclusive, o pai da criança também foi vítima de morte violenta em fevereiro deste ano durante a Operação Verão, segundo a PM, ele teria participado de um confronto.
No entanto, a advogada da família alega que ele estava com sacolas que eram de lixo. A Polícia Militar alega que ele carregava 196 papelotes com pedras de crack, 22 papelotes e potinhos com haxixes.
O que houve?
“Na noite de ontem nós estávamos com patrulha composta por policiais militares da Rocam no Morro São Bento e em um determinado momento, uma moto com duas pessoas fez uma manobra radical entrando em uma rua e se uniram a outras pessoas e começaram a atirar contra esses policiais.
Possivelmente, os criminosos perceberam que poderiam ter abordagem e entraram nessa rua e uniram-se a junto de aproximadamente 10 criminosos pelo relato dos policiais”.
Dessa forma, Massera aborda que rapidamente chegou o apoio de equipe da Força Tática em outra direção.
Contudo, os policiais pararam a viatura e fizeram uma progressão tática e os criminosos efetuaram diversos disparos contra esses policias.
Sendo assim, o local da ocorrência teve preservação para perícia, não é possível informar a quantidade de estojos que estão no chão de tiros provenientes dos criminosos. “É claro que os policiais precisaram se defender e efetuaram disparos contra eles, conseguiram acertar os dois, um deles faleceu e teve a constatação do óbito no local. Além disso, o outro foi socorrido com vida e passou por cirurgia, ele continua internado sem risco de morte.
Esses dois são menores de idade, o que morreu tinha 17 anos e o outro tem 15 e está internado. Além de outros criminosos que participaram dessa ocorrência”.
O coronel ressalta que o menor infrator que morreu em confronto com a PM, ele ostentava nas redes sociais, armas de fogos, efetuava disparos de armas de fogo e se auto intitulava como “Surfista 1533”, possivelmente fazendo alusão para facções criminosas.
Dinâmica da ocorrência
“Lamentamos muito e profundamente, foram duas pessoas feridas, uma moça de 24 anos infelizmente teve um tiro de raspão no braço, ela foi medicada e liberada. Mas, o menino de 4 anos acabou falecendo.
Pela dinâmica da ocorrência, provavelmente o disparo que atingiu o menino partiu de uma arma de um policial militar, o projétil ficou alojado, nós teremos condições de fazer o confronto balístico, e com resultado da perícia, nós podemos ter essa conclusão 100%, mas tudo indica pela dinâmica da ocorrência que esse disparou provavelmente partiu de uma arma de um policial militar.
Nós não estamos considerando esses policiais culpados, eles foram vítimas, atacados, agredidos, efetuaram disparos para proteger a própria vida, podem ter certeza absoluta que os policiais que participaram disso estão muito atingidos pelo resultado que não era nunca o desejável. Mas gostaria de destacar que quem foi responsável por toda essa ocorrência, pelos disparos e pela morte do menino e ferimento de outras pessoas foram os criminosos”.
Confira abaixo a entrevista do coronel Emerson Massera, chefe da Comunicação Social da Polícia Militar:
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