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15 DE ABRIL DE 2010

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Município faz conjuntos para tirar cerca de 2 mil famílias de áreas de risco do México 70

Num momento em que o País começa a tomar consciência da urgência em relocar populações que vivem em áreas de risco e sub-habitações, a Prefeitura de São Vicente trabalha em ritmo acelerado para retirar todas as 2.168 famílias instaladas há décadas sobre o Dique da Favela México-70.  Todas ocupam palafitas ao longo da Avenida Brasil, […]

Por: Da Redação

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Num momento em que o País começa a tomar consciência da urgência em relocar populações que vivem em áreas de risco e sub-habitações, a Prefeitura de São Vicente trabalha em ritmo acelerado para retirar todas as 2.168 famílias instaladas há décadas sobre o Dique da Favela México-70. 

Todas ocupam palafitas ao longo da Avenida Brasil, que vai da cabeceira insular da Ponte Esmeraldo Tarquínio, sobre o Mar Pequeno, até a Ponte A Tribuna, sobre o Canal dos Barreiros. 

Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Prefeitura deu início à construção de 176 casas sobrepostas, com 42 metros quadrados cada, em uma área de 28 mil m2, no Parque Bitaru, atrás do Centro de Convenções da Costa da Mata Atlântica. 

O PAC prevê ao todo investimentos que somam R$ 30 milhões para edificar moradias em vários locais de São Vicente que vão receber as famílias a serem transferidas do Dique da México-70, área constantemente atingida por ressacas que derrubam barracos e colocam em risco a vida das pessoas. Os incêndios também são uma ameaça constante. Recentemente, 190 famílias do trecho então conhecido como Fazendinha foram transferidas para o Conjunto Samaritá I, no continente, depois que suas casas foram destruídas pelo fogo. 

O secretário de Habitação de São Vicente, Alfredo Martins, informou que a parte estrutural das moradias já começou a ser erguida e a expectativa é concluir quase todas até o final deste ano. Na mesma área já foi autorizado o início da construção de mais 416 apartamentos, também de 42 m2 cada, igualmente destinados aos moradores do dique da favela que se formou quando o Brasil conquistou o tricampeonato mundial de futebol, daí o nome México-70. Vale lembrar que aquela área de manguezal, até então intocada, foi isolada na década de 1950 por um dique construído pelo extinto Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) com o insólito objetivo de incentivar o plantio de arroz. 

Mas as casas e os apartamentos em obras no Parque Bitaru terão capacidade para receber 592 famílias. As outras 1.576 serão relocadas para vários projetos em andamento. Exatas 600 vão para apartamentos cujas obras estão em ritmo acelerado no Jardim Rio Branco, em terreno cedido pelo Município, atrás da Subprefeitura. Outras 200 vão para o Conjunto D’Ampezo, na Área Continental, o que deve acontecer nos próximos 60 dias, uma vez que o cartório acaba de liberar a documentação dos apartamentos já concluídos. “Outras 328 casas sobrepostas vão ser construídas no próprio México-70, com recursos federais”, destaca o secretário Alfredo Martins, em trecho entre a Avenida Alcides de Carvalho e a Ponte dos Barreiros. 

Penedo-Primavera – Ficariam ainda sem solução 448 famílias. Mas a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), do Governo do Estado, já comprou da Caixa Econômica Federal as 500 unidades dos conjuntos Penedo e Primavera, na Avenida Penedo, que foram depredados depois que faliu a empresa que quase os havia concluído. Os telhados, janelas, portas e esquadrias de alumínio foram arrancados. 

No momento, a Caixa e CDHU resolvem uma pendência fundiária em relação aos dois conjuntos e até julho a Prefeitura de São Vicente espera assumir a obra. “Uma vez autorizados a entrar lá conseguiremos deixar os 500 imóveis em condições de ocupação em 12 meses”, disse Alfredo Martins. 

O prefeito Tercio Garcia disse que as ações de transferir pessoas de áreas de risco não são fáceis e necessitam, inclusive, do entendimento entre governantes de partidos políticos diferentes. “Esta parceria entre a CDHU e a Caixa, por exemplo, é sinal de maturidade dos governos Serra e Lula, que agiram juntos para que os 500 apartamentos dos conjuntos Penedo e Primavera não se perdessem”, ressaltou o prefeito. 

Assim, a expectativa da Administração Municipal é até o final de 2011 extinguir toda a borda de palafitas da México-70, transformando a Avenida Brasil em uma pista asfaltada à beira-mar, permitindo a constante vigilância para se evitar novas invasões, a exemplo do que a Prefeitura fez no Dique Sambaiatuba após edificar 2 mil unidades. Lá os próprios moradores da orla ajudam na fiscalização e os manguezais foram replantados com mudas produzidas onde existia o antigo lixão.

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