Roberto Francisco (PSDB) teve, na tarde desta segunda-feira (19), o mandato de prefeito em Praia Grande cassado, bem como o do vice Arnaldo Amaral (PSB).
A sentença, em 1ª instância, pode ser recorrida, mas caso o atual chefe do Executivo não consiga um efeito suspensivo à medida, Alexandre Cunha (PMDB), que já foi vice-prefeito e foi derrotado por Francisco nas urnas durante as eleições do ano passado, deverá assumir a cadeira nos próximos dias.
A decisão, segundo o juiz da 317ª Zona Eleitoral de Praia Grande e autor da sentença, João Luciano Sales do Nascimento, prevê que Cunha seja diplomado imediatamente.
Indica, ainda, que o tucano estará inelegível por três anos (embora tal punição não seja estendida também a Amaral). A consideração é a de que, para o pleito, Roberto Francisco se utilizou de compra de votos.
Em maio último, o então presidente do PDT na cidade, José Ronaldo Alves de Sales, denunciou o caso ao Ministério Público, afirmando que eleitores receberam R$ 50,00 para votar em Francisco. O atual prefeito, por sua vez, defendia que o valor foi pago a fiscais no dia da eleição.
No entanto, Nascimento lembrou que, independentemente do motivo, os valores, por não estarem contabilizados na prestação de contas da campanha, já daria motivo para a cassação do mantado.