Segurança de shopping em Santos é vítima de racismo

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Na última terça-feira (12), um caso de racismo ocorreu no Shopping Miramar, em Santos.

Um vídeo filmado por uma mulher que ofende o segurança do Shopping está circulando nas redes sociais.

O caso ocorreu na entrada do shopping, na Rua Euclydes da Cunha, 21, no bairro do Gonzaga.

Segundo vídeo, a mulher que xingou o segurança, disse que ele pegou a mochila dela.

Foram proferidas palavras como “De que país você veio? Da Angola? Da África? Você veio da África para roubar os brasileiros aqui em Santos?

Além disso, no vídeo aparece pessoas filmando a agressora verbal.

Confira a nota que a assessoria do Shopping disponibilizou:

“O Miramar Shopping repudia qualquer atitude como esta, que contraria nossos princípios e valores. Reiteramos ainda que estamos oferecendo todo o apoio necessário ao colaborador que sofreu pela situação”.

Prefeitura de Santos

Segundo a Prefeitura de Santos, a Guarda Civil Municipal não foi acionada para a ocorrência.

Confira a resposta da Secretária da Mulher, da Cidadania, da Diversidade e dos Direitos Humanos, Larissa Paz:

“Quanto ao fato ocorrido em frente a um shopping do bairro do Gonzaga, nesta terça-feira, dia 12 de novembro, venho manifestar repúdio ao desrespeito máximo, apresentado em forma de violência verbal e psicológica, cometido contra o segurança do Shopping. Já passou do tempo de relembrar que racismo é crime no Brasil, mas ao escutar, infelizmente, o que a mulher em questão no vídeo fala, minha indignação aumenta ainda mais por perceber, também, além do racismo, a marca dolorida da xenofobia.

A Secretaria da Mulher, da Cidadania, da Diversidade e dos Direitos Humanos se coloca plenamente contrária às atitudes dessa mulher, e se solidariza com as vítimas deste triste discurso criminoso. Assim que soubemos do fato encaminhamos nosso coordenador da Igualdade Racial e Étnica, Ivo Miguel Evangelista, até o shopping e lá, ele teve contato presencial com o funcionário e colocou esta Secretaria à disposição. É válido aqui reforçar para a população que presencia atos como esse ter proatividade na denúncia. Temos vários canais que recebem casos de racismo, entre eles o 181 ou então o próprio número da polícia militar, 190.”