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13 DE AGOSTO DE 2010

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Universo de sabores

Trabalhadores, comerciantes e funcionários públicos preenchem as ruas do centro de Santos, da rua Tuiuty a São Bento. Antes do meio-dia, já começa o borbulhar de famintos nos 195 restaurantes e lanchonetes do bairro, segundo Secretaria Municipal de Finanças(Sefin). Um aumento de 10,8%, comparado ao número de estabelecimentos de 2008.   No centro, cada esquina possui […]

Por: Da Redação

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Trabalhadores, comerciantes e funcionários públicos preenchem as ruas do centro de Santos, da rua Tuiuty a São Bento. Antes do meio-dia, já começa o borbulhar de famintos nos 195 restaurantes e lanchonetes do bairro, segundo Secretaria Municipal de Finanças(Sefin). Um aumento de 10,8%, comparado ao número de estabelecimentos de 2008. 


 No centro, cada esquina possui um cheiro diferente, com pratos de todos os tipos. Alguns locais escondidos, sem fachadas ou nome na porta, porém bastante sofisticados por dentro. Este é o atual cenário do centro, que na próxima segunda-feira (16), comemora aniversário. A data foi instituída pela lei n° 1.891 de 2000, ano em que começou o processo de revitalização da Região Central Histórica, formada também pelos bairros do Valongo, Vila Nova, Paquetá e Vila Mathias.


Novidades
Em meio a uma rotina de trabalho, mais uma vez, o bairro traz novas opções à gastronomia regional. Prestes a completar um ano, a franquia Pelé Arena Café (Praça da República, 65), em frente à Alfândega, oferece de segunda a sexta, das 7 às 19 horas, opções de café da manhã e almoço. Segundo o gerente e chef da casa, Rafael Monte, 30 anos, além dos pratos quentes, o destaque da casa são os drinks de cafés, servidos gelados.


O programa de revitalização do Centro Histórico, o Alegra Centro, foi um dos fatores que motivaram empresários a se dirigirem para o bairro. É o caso do Metrópole Restaurante, idealizado pelos proprietários Paulo Flávio Lino dos Santos e Daniela Serrat Melo Falleiros, que há oito meses oferecem uma ótima comida por quilo, com pratos variados. A chef Márcia Muller comanda a cozinha de última geração, com opções de frutos do mar, em destaque ao salmão com molho de mostarda, o creme de palmito, a farofa de banana e o caseiro bolinho de arroz. Com preço acessível de R$31,90 o quilo, há uma mesa de sobremesa, em destaque ao tradicional pudim de leite condensado.


Logo na próxima esquina, na Rua Martim Afonso, uma nova lanchonete, o Café do Fundador teve suas portas abertas há apenas seis meses, com lanches, refrigerantes e café. Para os amantes de uma boa culinária oriental, na rua Augusto Severo, a temakeria Shouri foi aberta pelo comerciante Luiz Gustavo Cardoso, 28 anos,  há apenas dois meses. No local, temakis e combinados, com destaque para o tempurá de sorvete.
Uma opção diferente de se comer feijoada pode ser encontrada no Rubino´s Ristorante e Lounge, na Rua do Comércio. O local já se destacou em apenas oito meses, com a feijoada branca (R$17,90 individual), composta de feijão branco, que traz um sabor especial ao prato. O local em formato europeu, iguais aos pubs, se transforma em casa noturna aos finais de semana, e oferece drinks e porções.


Simples e tradicionais
Equipamentos e decoração moderna se misturam a locais simples, porém com grande freqüência de público, por serem locais de tradição. É o caso do restaurante Quinta da XV, sob o comando de José Paiva, conhecido como Português, famoso pela culinária portuguesa. O famoso bacalhau para duas pessoas gira em torno de R$120. Uma boa opção durante a semana é a costelinha suína em vinhadário assado no forno (R$30 para duas pessoas).


Descendo em direção ao Coliseu, na esquina da Avenida Senador Feijó com a São Francisco, um bar e restaurante simples possui história e bons pratos. O Porta do Sol, existente há 49 anos e comandado atualmente pela segunda geração, Francisco Carrera Rodrigues, o Paquito, foi frequentado pelo rei do futebol, Pelé. Em placa exposta no local, a homenagem feita pelo jogador “Para o Paquito, da boa comida, com toda amizade”. E não é por menos. Pratos como pescadas, salmão, camarão e polvo (este a R$68, para duas pessoas) são ótimas pedidas.


Há 70 anos, o Café Carioca, ao lado da Prefeitura de Santos, é referência em lanches rápidos. Os pasteis reinam no ranking dos mais pedidos, sob comando da terceira geração da casa, como um dos proprietários, Marcelo Mineiro. “Além do pastel, o café é muito pedido por aqui”, afirma.


Em matéria de café, a Bolsa do Café mantém a tradição dos diferentes tipos da bebida, além de inovar com o drink Café Vienense, a R$12, composto de sorvete de creme, café expresso, creme de leite, licor de chocolate e cobertura de chantily. A bolsa do café é o lugar certo para ir após o almoço, para o famoso “cafezinho”. Com grande freqüência de visitantes, inclusive aos finais de semana, o local mistura gastronomia e história.


Desde 1911, o  Café Paulista é referência no bairro. Seu carro-chefe é a garoupa à Guanabara (R$55), um espeto com pedaços de peixe acompanhado de risoto de palmito e molho de camarão. Para os dias de calor, a lanchonete Sucolândia, ao final da rua Brás Cubas, oferece há 25 anos sucos feitos da fruta. “ Não é polpa”, disse a proprietária Patrícia Rodrigues Vendrame. O cliente tem a liberdade de poder misturar sabores das frutas que desejar.  Logo ao lado, um local simples e limpo, está a lanchonete especializada em panquecas, Sinal Verde. A tradição com mais de 150 tipos de panquecas existe no bairro há dez anos e com preços acessíveis a, em média, R$10.


O diferencial
Alimento normalmente é ligado a sentidos e emoção. Portanto, ter o prazer de cozinhar e de servir se torna um grande atrativo aos amantes de um bom prato. É o caso de Margarida Maria Costa dos Anjos, doceira há oito anos do Allegra Café, logo ao lado do Café Carioca. Margarida começou a fazer biscoitos caseiros para acompanhamento ao cafezinho. Em pouco tempo, os biscoitinhos fizeram sucesso e começaram a ser vendidos em pacotinhos (R$2,50). Outro doce que faz sucesso é o bolo de chocolate crocante, vendido a R$4.


Próximo a alfândega, o Cantinho Mineiro se destaca por ser o único do bairro especializado em comida tipicamente mineira. Couve, quiabo, polenta, tutu de feijão e bisteca são algumas das opções aos pés da Praça da República. O diferencial fica por conta do atendimento da gerente de olhos brilhantes Dulce Cavinato e da música ambiente, sempre sertanejo universitário, que combina com o clima do local.


Finais de semana
O programa de revitalização abriu portas aos comerciantes aos finais de semana, o que antes não ocorria, gerando novas opções para a cidade. Uma das ações para atrair turistas e moradores terá início neste domingo (15) no bondinho. Música portuguesa ao vivo, das 11 às 15 horas, ao som do grupo Português Filhos da Tradição. Os ingressos para o passeio no bonde são R$5, com saída na Praça Mauá. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santos, Paulo Levi Latrova, a perspectiva em relação ao crescimento do comércio no centro é muito positiva. “O futuro já é presente. O bairro tende a crescer cada vez mais”, diz.


Os únicos locais que abrem aos sábados ou domingos atualmente são o Quinta da XV, o Metrópole, a Bolsa do Café, o Porta do Sol e o Rubino´s. No entanto, alguns comerciantes optaram pelo Centro por ser uma opção de qualidade de vida. A proprietária do restaurante Mainah, Edna Abdalla, ressalta as vantagens do bairro: “Tenho experiência há mais de vinte anos em restaurante. Tinha um no Gonzaga e sempre tinha que trabalhar aos fins de semana. O  Centro oferece opção de escolha”, afirma.

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