Navio Kasato Maru
Há 108 anos, o Porto de Santos foi palco de um evento que marcou a história, a cultura e a economia brasileira. No dia 18 de junho de 1908, uma quinta-feira, chegava a Santos o navio Kasato Maru com 165 famílias perfazendo um total de 781 imigrantes japoneses que iriam engrossar as fileiras das lavouras paulistas.
Desde que chegaram no Brasil, os japoneses ensinaram a língua japonesa para seus descendentes. Hoje, muitos brasileiros sem ascendência oriental começam a estudar o idioma tendo interesse também pela milenar cultura do Japão. Nos dias de hoje vivemos em um mundo sem fronteiras onde o conhecimento da língua japonesa é de fundamental importância para estreitar as relações entre o Brasil e o Japão.
Dificuldades e desafios
O início da imigração foi um período complicado, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. O idioma diferente, os costumes, religião, clima, alimentação, e até mesmo o preconceito ajudaram a aumentar ainda mais as barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil.
Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém eram impedidas pelos fazendeiros que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho que geralmente era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, venceram as dificuldades e prosperaram. Embora a ideia inicial era a de voltar à terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso. Hoje, a influência japonesa nos costumes e na cultura brasileira está consolidada.
Os primeiros 781 imigrantes que chegaram no Kasato Maru, tornaram-se símbolos da imigração japonesa nesses 108 anos e é por meio desta coluna que o jornal Boqnews aproveita para homenagear toda a comunidade nipônica junto aos anunciantes. Parabéns, Japão! Parabéns, Brasil!
Realizou-se no dia 12 de junho do corrente, uma linda festa em comemoração aos festejos juninos da Casa de Reabilitação Kosei-Home de Santos, que contou com a presença da comunidade nipônica da Baixada Santista e de São Paulo. Os participantes puderam interagir com a cultura japonesa por meio de atividades tradicionais como Karaokê e
Danças Folclóricas que lembraram um pedaço do Japão.
Entre os presentes, o presidente da Associação Japonesa de Santos, Jorge Agifu, o vereador Sadao Nakai e Minoru Aoki. Para finalizar, gostaria de registrar o meu agradecimento à toda a comissão organizadora e aos voluntários, além dos anunciantes deste semanário.